SEXTA, 07/07/2023, 15:55

Sema começa testes com repelente biológico para espantar pombos do Bosque Central

Servidor da secretaria foi içado por guindaste para fazer a aplicação do produto, que não traz risco à saúde das aves. Sema espera que o cheiro forte ajude a afastar pelo menos parte da superpopulação de pássaros que tomam conta do espaço há mais de 20 anos.

A Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) iniciou nesta sexta-feira (7) o período de testes com o repelente biológico para espantar os pombos do Bosque Central. O gerente de Biodiversidade da Sema, Jonas Pugina, foi içado por um guindaste para fazer a aplicação do produto, que é natural e não traz risco à saúde das aves, no topo de árvores, onde os pombos costumam pousar quando chegam na área de vegetação. A CBN acompanhou o trabalho, que durou cerca de 20 minutos. Dois recipientes com o repelente foram utilizados. O produto tem um cheiro forte que, segundo Pugina, pode ajudar a afastar pelo menos parte da superpopulação de pássaros que tomam conta do espaço há mais de 20 anos.

O gerente da Sema lembrou, por outro lado, que o projeto é experimental e ficará em fase de testes por pelo menos dois meses. Caso a iniciativa se mostre eficaz, de acordo com Pugina, a secretaria vai abrir um processo para comprar um lote de repelentes necessário para a aplicação do produto em todo o Bosque.

O uso do repelente é mais uma tentativa da Sema em espantar os pombos do Bosque Central. As aves causam muita sujeira. O mau cheiro das fezes dos animais é insuportável e incomoda bastante quem mora na região ou precisa passar pelo local. Nos últimos 15 anos, a prefeitura realizou diversas iniciativas com o objetivo de acabar com os pássaros. Já foram usados refletores, armadilhas e até falcões, mas nada deu certo até o momento. Jonas Pugina disse que esse “fracasso” por parte do poder público é relativo e pode ser explicado por uma série de fatores, que envolvem, principalmente, as restrições que a Sema enfrenta para fazer o controle das aves e também o fato de que elas são muito adaptáveis.

Por Guilherme Batista

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