As vésperas da data-base programada para o mês de fevereiro, representantes do Sindserv-Ld (Sindicato dos Servidores Públicos de Londrina) entraram em acordo no final da tarde de quinta-feira com representantes a atual gestão Marcelo Belinati (PP) sobre o reajuste do funcionalismo público.

Inicialmente a categoria havia solicitado aumento de cerca de 15%  para recompor as perdas da inflação nos últimos dois anos. Entretanto, o município ofereceu reajuste de cerca de 10,06% relativos à à 2021, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, apurado pelo IBGE).

De acordo com Fábio Molin as perdas inflacionárias de 2020 de 4,56% ficaram suspensas e neste momento a Prefeitura deverá conceder a partir de fevereiro o reajuste de 10% referente a inflação do período de 2021.

Apesar da reposição da inflação ser uma prerrogativa constitucional, a medida foi suspensa pela lei complementar federal 173/2020, como contrapartida à ajuda da União aos Estados e Municípios durante a pandemia. Com o fim da suspensão imposta pela norma, os municípios e estados estão autorizados a discutir sua política de recursos humanos.  O reajuste dos servidores da Prefeitura de Londrina na casa de 10% foi bem acima do concedido pelo governador Ratinho Junior aos servidores públicos estaduais que foi apenas de 3%, bem abaixo da inflação.  Molin considera que o acordo do município cobre em parte a desfasagem do período pandêmico.

O acordo de reajuste de 10% será aplicado para quase 14 mil funcionários públicos municipais sendo 9.500 ativos e o restante aposentado da prefeitura. Já o salário referente ao mês de janeiro/2022, foi autorizado o pagamento das licenças-prêmio de, aproximadamente, 700 servidores da Secretaria Municipal de Saúde. O recurso público investido será de pouco mais de R$ 2 milhões. O secretário de planejamento Marcelo Canhada