Sessão de julgamento de vereadora Mara Boca Aberta ocorrerá em 29 de maio
A vereadora será julgada por duas das três supostas condutas incompatíveis com o decoro parlamentar.
A Sessão de Julgamento da vereadora Mara Boca Aberta (Podemos) será realizada na próxima quarta-feira (29), às 9 horas, na Sala de Sessões da sede provisória da Câmara. A data foi anunciada pela Comissão Processante, composta pelo vereador Santão (PL), presidente da CP que apurou denúncia contra a parlamentar. O grupo é formado ainda pelo vereador Mestre Madureira (PP) e pela vereadora Lu Oliveira (Republicanos).
A vereadora será julgada por duas das três supostas condutas incompatíveis com o decoro parlamentar:
1. Divulgação de candidatura inexistente ao Senado de seu companheiro, Emerson Petriv, o “Boca Aberta”;
2. Abuso de poder econômico e má utilização de R$ 1.200.000,00 do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) em benefício de candidatura inexistente; e
3. Favorecimento pessoal de André Leonardo Silva Guimarães, proprietário de empresa beneficiada com 48,72% das verbas de campanha, posteriormente nomeado assessor parlamentar da vereadora.
A Comissão Processante concluiu pela improcedência da acusação referente ao favorecimento de André Guimarães, mas recomendou a cassação da vereadora pelas infrações relacionadas ao abuso de poder econômico e à má utilização de recursos públicos. Denúncias que a vereadora alega não serem procedentes.
Além disso, houve um voto divergente dentro da Comissão Processante, a vereadora Lu Oliveira (Republicanos) defendeu a improcedência das acusações contra Mara Boca Aberta (Podemos), argumentando que a campanha de Emerson Petriv foi realizada de acordo com as decisões judiciais da época, que permitiram sua candidatura sub judice. O vereador Santão (PL), comenta que houve um processo de democracia para o prosseguimento do julgamento em plenário.
Na Sessão de Julgamento, os fatos serão analisados e votados separadamente. São necessários os votos de dois terços dos vereadores, em qualquer um dos fatos, para que a vereadora tenha o mandato cassado. A vereadora alega não ter sido surpreendida com a decisão da Comissão Processante, visto que a parlamentar possui representações contra os membros que aprovaram o seu processo de cassação.
O julgamento de Mara Boca Aberta (Podemos), acontece quase sete anos após a cassação do marido, o ex-vereador e ex-deputado federal, Emerson Petriv, o Boca Aberta.