SEGUNDA, 03/08/2020, 19:12

Sindiavipar garante que nenhum setor vem tomando tantas precauções em relação à Covid-19 como os abatedouros de frangos do estado

Presidente da entidade afirma ainda que empresas do segmento investiram pesado nas medidas de proteção e diz que principal preocupação hoje é com o comportamento do funcionário fora do trabalho.

Em entrevista à reportagem da CBN Londrina, na última sexta-feira, a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho no Paraná, Margaret Matos de Carvalho, afirmou que a maior preocupação atual da instituição é com os 39 frigoríficos de aves do estado. Pelos mais de quatro mil casos registrados e pela mão de obra intensiva, que geralmente se desloca entre cidades de uma mesma região para o trabalho.

A procuradora-chefe do MPT disse ainda que a situação é grave, com os frigoríficos se tornando focos de contágio da doença e que isso já começaria a influenciar na capacidade de atendimento dos serviços de saúde de determinadas regiões do estado.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná, Sindiavipar, garante que os frigoríficos do estado investiram aproximadamente R$ 100 milhões, desde o início da pandemia, em uma série de medidas de combate à Covid-19.

O presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, ressalta os protocolos sanitários das empresas mesmo antes da pandemia e as novas medidas tomadas e acrescenta que a preocupação do Ministério Público do Trabalho e do setor com relação à Covid-19 é a mesma.

O presidente do Sidivipar cita ainda o protocolo estabelecido pela Associação Brasileira de Proteína Animal, validado pelo Hospital Albert Einstein, que adicionou uma série de medidas protetivas, como proteção buconasal e o chamado faceshield, além dos habituais uniformes e luvas que já eram usados.

Domingos Martins explica que a principal preocupação do setor hoje é com o comportamento do funcionário fora da empresa.

O Paraná é hoje o maior produtor e exportador nacional e responde por quase 40% das exportações da carne de frango do Brasil para mais de 160 países. Segundo o presidente do Sindiavipar, o setor ocupa aproximadamente 10% da força de trabalho do estado.

Domingos Martins destaca ainda que o primeiro semestre foi o melhor já registrado pelo segmento. De janeiro a junho, os frigoríficos paranaenses abateram quase 985 milhões de aves, número 7% maior que o total do mesmo período do ano passado. Número que reflete o preço mais baixo do produto em relação a outras proteínas animais e que também contou com a ajuda do auxílio emergencial pago pelo Governo Federal.

Entre os países que mais importaram a carne de frango do Paraná estão a China, a África do Sul e os Emirados Árabes Unidos.

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