QUINTA, 03/01/2019, 16:55

Suplente de Filipe Barros, Emanoel Gomes diz estar preparado pra continuar com pauta conservadora do colega, mas garante que pretende deixar as polêmicas de lado

Ele deve assumir vaga deixada por Barros, agora deputado federal, já na primeira sessão do ano da Câmara Municipal de Londrina.

A Câmara Municipal de Londrina deve começar o ano de 2019 com mudanças. A principal delas é a substituição de uma das 19 cadeiras da Casa: sai o advogado Filipe Barros, eleito e já empossado deputado federal, para a entrada do suplente dele, o pastor Emanoel Gomes, que já tinha sido vereador na última legislatura.

O futuro parlamentar, que deve ser diplomado no início de fevereiro, logo após o fim do recesso parlamentar, garante que está preparado pra assumir a função. Ele destaca que pretende continuar com a pauta conservadora deixada por Barros, que teve os dois anos de vereador marcados por discussões acaloradas e muitas polêmicas.

Ele ficou conhecido na cidade, por exemplo, por articular a aprovação do projeto da chamada “Escola Sem Partido”, que prevê dispositivos pra proibir discussões relacionadas à sexualidade e a temas políticos dentro das escolas públicas do município. Barros também protagonizou um vídeo em que aparece chamando de “vagabundos” diversos manifestantes que aderiram à chamada greve geral, em abril de 2017.

Emanoel Gomes afirma que, apesar das semelhanças com o estilo de trabalho do colega, pretende deixar as polêmicas de lado enquanto estiver como vereador.

Gomes também foi bastante criticado após se abster durante a votação do processo de cassação dos vereadores afastados Rony Alves e Mário Takahashi, em setembro do ano passado. Ele precisou substituir Barros, que era o autor da denúncia, mas, na hora de votar, acabou ficando em cima do muro. Não escolheu nem o sim, nem o não. Questionado se acredita que essa posição poderá prejudicá-lo no início dos trabalhos, o futuro vereador foi taxativo, dizendo que agiu com propriedade e que, se pudesse voltar atrás, faria igual.

Além de Filipe Barros, o vereador cassado Boca Aberta também foi eleito deputado federal no pleito do ano passado, mas como já está afastado do cargo, não vai precisar ser substituído no Legislativo. A Câmara Municipal de Londrina precisou de quase 20 anos pra voltar a eleger vereadores como deputados. A última vez tinha sido em 2002, quando os então vereadores André Vargas e Elza Correia acabaram eleitos deputados estaduais.

Por Guilherme Batista

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