TJ-PR interdita depósito de medicamentos de Londrina
Prédio na BR-369 tem problemas na estrutura, apontam laudos da Defesa Civil
O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) solicitou a interdição do depósito de medicamentos da SCAFAR (Seção de Assistência Farmacêutica), localizado na BR-369 ao lado do Parque de Exposições Ney Braga, que está sob responsabilidade da 17ª Regional de Saúde, de Londrina. No entendimento da Justiça o local enfrenta riscos de desabamentos, além de problemas de infiltração.
No documento expedido pela Desembargadora Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes, cita que a “estrutura física comprometida apresenta grave risco à vida dos trabalhadores do local, bem como o risco de perecimento dos insumos e materiais nele armazenados, conforme laudo da Defesa Civil”.
Sendo assim, restou a desembargadora a concessão de medida liminar para a realocação dos servidores e dos medicamentos e insumos para um local adequado.
Vale ressaltar que o local armazena medicamentos de alto custo destinados ao tratamento de doenças raras, também realiza o controle e a distribuição de diversos insumos como vacinas para os 21 municípios que integram a 17ª Regional de Saúde.
Em fevereiro de 2024, o teto do prédio chegou a ceder e parte do estoque de remédios e vacinas precisou ser transferido de local. De acordo com o documento da Justiça, os problemas de infraestrutura no prédio já se arrastam há mais de dois anos.
Por outro lado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou em nota enviada à imprensa que não foi notificada oficialmente sobre a decisão judicial de interdição do prédio da Seção de Assistência Farmacêutica (SCAFAR) em Londrina, e que não há interdição vigente no local.
Além disso, ressalta que medidas corretivas e a reforma de parte do prédio da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), vinculado à 17ª Regional de Saúde de Londrina e localizado em área cedida pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), já estão em andamento.
Por fim, a Secretaria reforça que, como em todas as decisões judiciais, cumprirá a ordem conforme as diretrizes legais, mas informa que recorrerá da decisão, visto que já foram tomadas diversas providências para resolver as questões apontadas, as quais estão em fase de resolução.