QUARTA, 19/02/2020, 09:37

Vereador Gerson Araújo é condenado por estelionato e falsidade ideológica no caso Iguaçu do Brasil

Dono da construtora teve a prisão imediata pedida pela justiça

O vereador Gerson Araújo foi condenado na esfera criminal por estelionato e falsidade ideológica em um caso envolvendo a construtora Iguaçu do Brasil quando ele ocupou a cadeira de prefeito de Londrina, nas eleições de 2012, durante a realização do chamado “terceiro turno”. A condenação é de quatro anos e quarenta dias de prisão, substituídos por prestação de serviços comunitários e multa de cinco salários mínimos vigentes à época.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o empresário Carlos Alberto Campos de Oliveira, dono da construtora, negociou com uma família a compra de quatro lotes na avenida Henrique Mansano, nas proximidades do estádio do Café. Paralelo a isto, Willian Polaquini Godoy, então chefe de gabinete de Gerson Araújo, procurou a mesma família informando que a prefeitura teria interesse em construir uma praça esportiva no local, o que obrigaria um processo de desapropriação.

A informação acelerou a negociação dos lotes, adquiridos pela Iguaçu do Brasil por R$ 26 milhões, que nunca foram pagos, porém acabaram sendo revendidos a terceiros.

Reeleito como vereador, Gerson voltou à Câmara em 2013. Um requerimento feito pelo gabinete dele, que não chegou a ser protocolado, indicava que a prefeitura deveria declarar os imóveis como utilidade pública. No entendimento da Justiça, o documento é prova de falsidade ideológica.  O vereador se diz vítima de uma injustiça e afirma ter caído em uma armadilha de seu ex-assessor e chefe de gabinete.

A defesa de Gerson Araújo, por meio do advogado Vinicius Borba, afirmou que vai recorrer da decisão. O advogado do ex-assessor William Godoy, Alison Camargo Silvestre, considerou a sentença injusta, alegando que as provas não foram apreciadas com a clareza necessária.

O dono da Iguaçu do Brasil, Carlos Alberto Campos de Oliveira, teve pena de dois anos e sete meses de detenção e, por ser reincidente, teve a prisão imediata decretada. A defesa dele informou que irá entrar com recurso e acredita na absolvição, já tendo pedido um habeas corpus para que ele responda em liberdade.

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