SEGUNDA, 16/07/2018, 06:40

Advogados de acusados de jogarem mulher de 4º andar de prédio acreditam numa reviravolta do caso

Novos laudos confirmam que ferimentos encontrados na barriga da vítima não foram causados por um objeto cortante, o que vai na contramão do que apostava a polícia. Conclusão do inquérito deve sair nos próximos dias.

A morte de Olga Aparecida da Silva, de 51 anos, que caiu do quarto andar de um prédio na rua Mato Grosso, no centro de Londrina, está cada vez mais perto de ser solucionada. A Delegacia da Mulher espera pela chegada dos últimos laudos e exames pra concluir o inquérito, aberto no último dia 24, logo após a tragédia.

Na época, a polícia chegou a prender o marido da vítima, Luiz Reis Garcia, além da irmã, do irmão e do sobrinho dele por participação na morte, mas eles foram soltos dias depois numa audiência de custódia.

Testemunhas disseram que Olga caiu do prédio durante um desentendimento com o marido. A perícia também encontrou algumas marcas na barriga da vítima, que, segundo as investigações, teriam sido causadas por um objeto cortante, mas a tese, até então a principal da polícia para um feminicídio, caiu por terra com a apresentação de novos laudos. Os resultados confirmam que os ferimentos seriam resultado de uma cirurgia bariátrica feita por Olga dias antes de sua morte. Para o advogado Marcelo Gaia, que defende a família Garcia, a revelação só vem pra confirmar os argumentos da defesa, de que a morte de Olga, na verdade, foi causada por uma triste fatalidade.

Na última semana, a Justiça também revogou a prisão domiciliar de Luiz Reis Garcia. Oficialmente, o suspeito está solto, mas continua sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica. O que também pode ajudar a esclarecer alguns pontos ainda nebulosos é a perícia nos celulares dos acusados e também da vítima, já que, segundo as investigações, Luiz teria ligado para os familiares no dia em que tudo aconteceu, pedindo para que fossem ao apartamento tentar acalmar os ânimos entre ele e a esposa. O advogado da família espera que tudo seja levado em conta na hora da conclusão do inquérito, que, na avaliação dele, deve terminar inocentando os acusados, o que seria uma grande reviravolta no caso.

A CBN também tentou contato com a delegada da Mulher, Geanne Timótheo, mas ela não foi encontrada na delegacia e nem atendeu às ligações. A previsão é de que a delegada conclua o inquérito ainda nesta semana.

Por Pauta CBN

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