TERCA, 18/04/2017, 19:25

Advogados defendem insanidade mental de guarda municipal que matou três pessoas e atirou em mais duas no início do mês

A defesa questiona também a distribuição de inquéritos na justiça.

Transtorno psicológico. Este é o caminho que os advogados de Ricardo Leandro Felippe devem seguir com a tese de defesa do guarda municipal. Ele matou três pessoas e atirou em mais três na noite de 3 de abril. Durante coletiva de imprensa, o advogado Lucas Pinder conta que o oficial já havia apresentado 27 atestados médicos durante a carreira como guarda, desde 2010. Mas, o afastamento por problemas psicológicos (que não são especificados no documento) só é justificado a partir de janeiro, quando foi registrada uma denuncia de agressão por parte da ex-mulher Raquel Espinosa. O advogado nega que isso tenha disso uma estratégia de defesa.

A defesa alega, que ao contrário do que consta na denúncia, o guarda municipal não perseguia Raquel Espinosa. Era ela quem insistia em voltar a ter um relacionamento com ele, insistindo em atitudes possessivas e ciumentas. A situação, ainda de acordo com o advogado, o deixava atormentado e preocupado porque a medida protetiva instaurada contra ele estaria o prejudicando inclusive no trabalho. 

O advogado relata que o guarda municipal tinha uma boa relação com a primeira esposa, com a qual ficou casado por 19 anos e teve três filhos. O relacionamento com a atual mulher, Josiane Amorim também era estável, apesar da briga que tiveram no domingo, um dia antes de cometer os crimes. Josiane apresentou denuncia contra Felippe na delegacia da mulher na segunda-feira.

O advogado Lucas Spinder questiona a distribuição dos inquéritos na justiça. Na opinião dele, os casos de homicídios (relacionados ao filho e pai de Raquel e a sócia de Josiane) devem ser tratados pela 1ª Vara Criminal de Londrina e não pela 6ª Vara Criminal Maria da Penha. Ao todo são três inquéritos, sendo dois concluídos pela delegacia da Mulher e um pela delegacia de homicídios.

Ricardo Leandro Felippe está preso em um prédio anexo a unidade I da Penitenciaria Estadual de Londrina. O advogado deve pedir a transferência do cliente para um sistema prisional apropriado para pessoas que precisam de um tratamento psicológico adequado.

Por Claudia Lima

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