TERCA, 20/10/2020, 15:26

Após afastamentos de policiais por suspeita de corrupção, novo chefe da policia civil fala em austeridade e transparência

Amarantino Ribeiro diz que pretende atuar com uso de inteligência para solução dos crimes em Londrina

O novo delegado chefe da Policia Civil em Londrinam Amarantino Ribeiro, falou pela primeira vez em coletiva de imprensa após assumir o posto nesta terça-feira.  Ele foi questionado sobre a grave crise ética enfrentada após afastamento de policiais acusados de receber propina de advogados para excluir suspeitos de crimes de tráfico de drogas e roubos em inquéritos policiais.

Ribeiro admitiu que escolha do nome dele foi feita após vir à tona os casos de desvios de condutas dos agentes policiais.  O delegado chefe alega que irá conduzir a policia civil com austeridade e transparência e será intransigente com a corrupção.

Ele assumiu a vaga deixada por Osmir Ferreira Neves que estava na chefia da 10 subdivisão policial desde fevereiro de 2017.  A troca foi confirmada na mesma semana em que a Corregedoria da Polícia Civil e o Gaeco cumpriram nove mandados de busca e apreensão e sete medidas cautelares contra policiais civis acusados de integrar um grupo criminoso.  Em um dos casos, segundo o Ministério Público, o valor da propina foi de R$ 55 mil. Durante as investigações, cinco policiais foram afastados das funções.  Dois deles já tinham sido presos, em fevereiro deste ano, por envolvimento no desvio de parte de uma carga apreendida durante a abordagem. Na época, sete servidores foram detidos.  Segundo o novo delegado, as questões internas serão apuradas com rigor.

O novo delegado disse que irá fazer um diagnóstico no âmbito administrativo para saber os setores onde faltam policiais civis para indicar para secretaria de Segurança Pública onde precisam ser realocados os funcionários admitidos nos concursos públicos .   Ele também alega que quer investir na integração das delegacias e em sistema de inteligência.  

 Amarantino Ribeiro tem 21 anos de carreira policial,  atuou 10 anos como investigador no Estado de Goiás, cinco como delegado em Minas Gerais e está há 6 está no cargo de delegado no Paraná.   No Estado já atuou na Escola Superior da Policia Civil, chefiou a delegacia situada em Cândido Abreu, a subdivisão policial em Telêmaco Borba, último posto que ocupou antes de ser transferido para Londrina.

Por Guilherme Marconi

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