QUINTA, 19/07/2018, 19:32

Após coleta de depoimentos de vereadores, Gaeco quer ouvir advogado que pediu prisão de testemunha durante reunião da Comissão Processante da ZR3

Delegado apura possível intimidação de empresário responsável por denunciar suposto esquema de corrupção que cobrava propina em troca da aprovação de mudanças no zoneamento da cidade.

Os três vereadores que integram a Comissão Processante da ZR3 e o procurador jurídico da Câmara Municipal de Londrina foram ouvidos pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado na tarde desta quarta-feira. A coleta de depoimentos visa esclarecer a possível intimidação sofrida pelo empresário Júnior Zampar durante depoimento à CP na semana passada.

A testemunha, considerada a principal do processo porque levou a denúncia ao Ministério Público no ano passado, procurou o Gaeco para relatar que teria sido coagida na reunião, que contou com a presença dos vereadores investigados Rony Alves e Mário Takahashi e de seus advogados. A dupla é suspeita de chefiar um suposto esquema de corrupção que, segundo as investigações, cobrava propina de empresários em troca da aprovação de projetos de lei que mudaram o zoneamento urbano de diversos terrenos em Londrina.

Um dos advogados, Maurício Carneiro, que defende o vereador Rony, chegou a pedir a prisão de Zampar por suposto falso testemunho no encontro.

O presidente da CP, José Roque Neto, e o membro, Vilson Bittencourt, admitiram que o encontro foi exaltado, já que foi a primeira vez que o denunciante ficou cara a cara com os denunciados, mas negaram qualquer tipo de intimidação. O relator da comissão, João Martins, foi embora do Ministério Público sem falar com a imprensa. O delegado do Gaeco, Alan Flore, também já analisou a gravação da reunião e, agora, quer ouvir outras pessoas antes de concluir o inquérito, entre elas o advogado Maurício Carneiro, que chegou a ser procurado para prestar esclarecimentos, mas ainda não foi notificado oficialmente.

Para Flore, o erro grave da reunião seria o pedido de prisão da testemunha, que não tinha a obrigação de falar a verdade à Comissão Processante.

Por Pauta CBN

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