QUARTA, 14/02/2018, 18:29

Após nova fuga, Polícia Civil vai reforçar pedido para transferência de presos de Ibiporã

Depen afirma que remoções não podem ser feitas pela falta de vagas em penitenciárias da região.

Assim como tem feito nos últimos dois anos, período em que assumiu a comarca de Ibiporã, o delegado Vitor Dutra de Oliveira fará uma nova solicitação para a transferência de presos da cadeia pública da cidade. No início desta semana, três detentos que ficam em um espaço denominado de seguro conseguiram escapar. Eles estavam abrigados em contêineres porque foram detidos por crimes graves, principalmente os de natureza sexual.

Oliveira informou que os fugitivos quebraram a porta de acesso da carceragem, pularam a estrutura de alvenaria e ganharam a rua. Até o momento, ninguém foi recapturado. O presídio de Ibiporã tem capacidade para 36 pessoas, mas está superlotada com 166.

Entre os procurados, está Valdecir Paulino dos Santos, considerado pela polícia como um justiceiro pelos homicídios que teria praticado na cidade.

O pedido das remoções é feito mensalmente ao Comitê Estadual de Transferência de Presos, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Justiça. Segundo o delegado, o atendimento demora a acontecer porque não há vagas em penitenciárias da região.

Com a última fuga, nove detentos permanecem no seguro. Em Cambé, a situação não é diferente. A cadeia, que também fica anexa à delegacia, está superlotada com quase 200 homens. A unidade foi construída para comportar até 50 pessoas. Em dezembro do ano passado, 12 presos fugiram após uma rebelião. Dois sofreram queimaduras graves por terem ateado fogo em colchões.

O caso originou uma ação judicial, que determinou a transferência imediata de 15 condenados. Porém, assim como em Ibiporã, eles não deixaram o presídio por falta de vagas, conforme explicou o Departamento Penitenciário do Paraná, o Depen.

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