Três das principais obras públicas da cidade devem ser paralisadas em breve. São elas: a construção da nova sede da Secretaria de Educação, em prédio onde funcionava o antigo Mercado Quebec; os reparos no telhado do Ginásio Moringão; e a reforma da Biblioteca Pública Municipal. Os três serviços estão sendo tocados aos trancos e barrancos pela mesma empresa, a N. da Cruz Alves, de Jandaia do Sul.

Pressionado pelos próprios colegas e também pela Câmara de Vereadores, que enviou um pedido de informações exigindo respostas, o secretário de Obras, João Verçosa, já entrou em contato com a terceirizada, que, por sua vez, alegou não ter condições de realizar os serviços de uma só vez. Verçosa garantiu, ainda, que a empresa já foi advertida, e que o próximo passo, se tudo continuar como está, é o rompimento dos contratos.

As obras no Moringão começaram em junho e tinham conclusão prevista para fevereiro do ano que vem, com um custo de R$ 1,8 milhão. Mas, até o momento, apenas 12% da obra foi feita. Já a reforma da Biblioteca Municipal começou em agosto, com custo de R$ 320 mil e deveria ser entregue no final deste mês, prazo que não vai ser cumprido. A construção da nova sede da Secretaria de Educação é a mais cara das obras: R$ 2,2 milhões. A ordem de serviço foi assinada em maio, com prazo de conclusão para janeiro, mas os trabalhos ainda estão em fase inicial. Questionado sobre como o município deixou passar uma empresa tão inapta aos trabalhos, o secretário tentou justificar.

Autor do pedido de informações relacionado ao impasse, o vereador Eduardo Tominaga lamentou o possível rompimento dos contratos. Para ele, o impasse significa desperdício de tempo e dinheiro público.