SEGUNDA, 02/08/2021, 12:10

Após três ondas de frio, agricultores do Paraná exigem decreto de emergência

O objetivo da medida é auxiliar produtores na negociação de dívidas após geadas que resultaram em perdas significativas no campo

A terceira onda de frio começa a perder força no Paraná, mas os problemas trazidos com seis dias de geadas no Estado levaram as perdas significativas.  Os dias gelados e falta de chuva tiveram impacto na produtividade de diversas culturas, a mais afetada foi a produção de milho que teve perdas superiores a 50%. 
Para minimizar esse impacto, os produtores rurais solicitam que seja decretado estado de emergência na agricultura nos municípios. O objetivo da medida é auxiliar produtores na negociação de dívidas após geadas que resultaram em perdas significativas no campo. 
Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep, Federação da Agricultura, explica que o inverno atípico pegou muitos agricultores de surpresa. A cultura mais afetada foi a cultura do milho, mas o fenômeno atingiu também a produção do trigo, hortaliças e pastagens.

Por conta da perda generalizada, Ana Paula explica que o decreto emergência , acaba facilitando o processo porque o produtor não precisa contratar um profissional, um engenheiro agrônomo para comprovar as perdas.  A ferramenta é fundamental para negociação de dívidas com as instituições financeiras e cooperativas


Sindicatos rurais e deputados do Paraná articulam politicamente que os municípios assinem os decretos de emergência para garantir esse fôlego ao agricultor na negociação.  Para o deputado estadual Tercílio Turini (CDN), como esta é uma situação é generalizada no Estado, o governo do Paraná também pode decretar o estado de emergência. Turini declarou que fará o encaminhamento via Assembleia Legislativa a partir dessa segunda quando a Casa retornará as atividades.

 Segundo Turini, o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que levou a demanda a governador do Paraná Ratinho Junior. 
 

Por Guilherme Marconi

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