QUARTA, 03/01/2024, 07:59

Aposta fez com que dois homens morressem afogados no Lago Igapó, aponta polícia. Um teria desafiado o outro a cruzar o lago até a passarela flutuante que faz parte da decoração natalina do local.

 Hipótese de choque elétrico será investigada, mas já está praticamente descartada pelo delegado.

A Delegacia de Homicídios de Londrina abriu inquérito para investigar a morte de dois homens supostamente por afogamento no Lago Igapó II, às margens da avenida Higienópolis, na área central da cidade, na virada do ano. Um dos corpos foi localizado pelos bombeiros ainda na madrugada de segunda-feira (1º) e o outro já no final da manhã desta terça (2), após sete horas de buscas. Um drone da Polícia Militar (PM) com uma câmera termográfica, capaz de localizar corpos em diferentes temperaturas, foi fundamental para que o cadáver fosse encontrado.

O delegado de Homicídios, João Reis, esteve no local logo após a descoberta do corpo e, em entrevista coletiva, adiantou que, a princípio, a tragédia aconteceu por conta de uma aposta. Um dos homens teria desafiado o outro a cruzar o lago até a passarela flutuante que faz parte da decoração natalina do local. Eles teriam se afogado neste trajeto. Um terceiro homem também se afogou, mas foi resgatado com vida pelos bombeiros.

Após a descoberta do primeiro corpo, levantou-se a possibilidade de que os homens poderiam ter se afogado por conta de um suposto choque elétrico que teriam tomado ao atingirem a passarela flutuante, que está rodeada de enfeites natalinos ligados à energia elétrica. Em nota, a prefeitura informou que a decoração está dentro dos conformes e, inclusive, foi aprovada durante vistoria pelo próprio Corpo de Bombeiros.

 

João Reis disse que essa hipótese será investigada, apesar de adiantar que ela está praticamente descartada. Ao que tudo indica, as mortes foram realmente causadas por afogamento. Caso isso se confirme, o inquérito será arquivado. O perito Rafael Greve, do Instituto de Criminalística, que também esteve no local realizando uma análise preliminar, reiterou que tudo não passou de uma fatalidade.

As vítimas foram identificadas como Thiago Silva, de 26 anos, e Guilherme Braga Pereira, de 31. Guilherme, inclusive, usava tornozeleira eletrônica e seria da região de Maringá. O tenente Arthur Borges, do Corpo de Bombeiros, que ajudou nos trabalhos, disse que os dois não se conheciam.

A polícia já pediu para que os corpos passem por exame de necropsia no IML. O delegado também pretende ouvir mais testemunhas ao longo dos próximos dias. Só depois disso ele deve tomar uma decisão.

Por Guilherme Batista

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