Áudios entregues por mãe de Eduarda á polícia, mostram frieza de Ricardo Seidi, pai da garota de 11 anos que confessou ter ocultado o corpo da filha
Eduarda Shigematsu, de 11 anos foi encontrada morta pela polícia em uma propriedade do pai, depois de ele e a avó da garota terem anunciado o desaparecimento dela.
Nossa reportagem teve acesso aos áudios de Ricardo Seidi, pai de Eduarda Shigematsu, para a mãe dela, após o suposto desaparecimento da garota de 11 anos encontrada morta e enterrada em uma propriedade dele em Rolândia. A garota foi encontrada no dia 28 de abril e Ricardo confessou ter enterrado o corpo da própria filha, mas não assume ter matado.
Um laudo do Instituto de Criminalística aponta que a garota foi morta por esganadura.
Ela foi encontrada com um saco plástico na cabeça, e com pés e mãos amarrados.
O Caso que chocou a região norte ainda traz mais frieza quando se houve os áudios enviados por Ricardo a mãe de Eduarda, dias depois dele ter ocultado o cadáver da filha.
Os áudios foram entregues pela mãe de Eduarda, Jéssica Pires de Souza, à polícia.
Acompanhe um dos áudios em que ele diz estar fazendo de tudo para encontrá-la.
Em outro áudio ele supõe que Jéssica a mãe é uma das suspeitas do desaparecimento da filha.
Em um dos áudios ele descreve o tênis que Eduarda usava. Quando a mãe havia dito que tinham visto a filha. Mas a garota já havia sido enterrada por ele.
A conversa é finalizada com Ricardo falando que vai torcer para encontrar a filha.
Ricardo Seidi foi preso no dia em que o corpo da garota foi encontrado, já a avó de Eduarda foi presa dias depois suspeita de participação na ação.
Avó e neta moravam em uma dependência nos fundos da residência de Seidi. Ainda de acordo com o depoimento de Seidi à polícia, a avó já sabia da morte da garota quando foi à polícia notificar sobre o desaparecimento da garota. Por isso o pedido de prisão preventiva da avó.
Em nota a defesa da mãe de Eduarda diz:
“Sobre o caso, Jéssica (mãe de Eduarda) passa por momento de luto de muito sofrimento. Por enquanto, prefere não dar entrevistas, porque ainda tenta assimilar o ocorrido. Jéssica possuía um vínculo afetivo muito grande com a sua filha. Apesar de não ter a guarda da menor, visitava Eduarda mais de uma vez por mês (vinha do Estado de São Paulo a Rolândia para tanto), além de conversar com a filha por telefone todos os dias.
Esclarece que a guarda de Eduarda foi concedida a avó (Terezinha), atualmente presa, em um processo judicial que se iniciou em 2011. À época, passava por dificuldades financeiras e emocionais. No entanto, jamais deixou de visitar a sua filha, mesmo porque a guarda não retirou-lhe o poder familiar sobre Eduarda.
Relata que a avó possuía a guarda de Eduarda e, mesmo tendo ajuizado um processo contra o próprio filho (Ricardo), a avó permitiu que Ricardo voltasse a morar em sua (da avó) casa, há mais de seis meses.
A avó (Terezinha) fazia de tudo para afastar Eduarda da presença da mãe (Jéssica). Além disso, não procede a alegação de Terezinha, no sentido de que esta possuía medo de Ricardo (seu filho), notadamente porque Terezinha mudou-se para a residência de Ricardo, que posteriormente matou Eduarda.
Muito provavelmente Eduarda estaria viva hoje, não fosse a conduta da avó de permitir que o pai, sem a guarda da filha, voltasse a morar no local.
Por fim, esclarece acreditar no trabalho realizado pela Polícia e, no futuro, pelo Ministério Público do Estado do Paraná. Espera que o sistema de justiça alcance a punição de todos os envolvidos na morte de sua filha, episódio criminoso com consequências irreparáveis. Espera sentir conforto, algum dia.”
O delegado que cuida do caso em Rolândia ainda prefere não gravar entrevista sobre o andamento das investigações.