QUARTA, 30/11/2016, 17:24

Aumento nos casos de Leishmaniose visceral no Paraná preocupa veterinários

Especialistas na doença se reúnem em Londrina para capacitar técnicos da secretaria de estadual de Saúde.

Uma doença que para muitos é uma ilustre desconhecida. A leishmaniose visceral ou calazar é transmitida por um inseto conhecido como mosquito-palha. Os animais picados por ele, principalmente os cães, passam então a transmitir a doença aos humanos. Para o médico veterinário, professor da UEL e doutor em Zoonoses, Italmar Teodorico Navarro, a leishmaniose visceral se tornou um sério problema de saúde em todo o território nacional. Segundo o professor, até bem pouco tempo o Paraná não tinha casos da doença. Mas, em menos de um ano foram registrados seis casos da doença e a morte de uma criança.

A leishmaniose visceral não tem cura para os cães e até o momento a orientação do Ministério da Saúde é para que os animais portadores da doença sejam sacrificados. De acordo com o professor existe tratamento para a doença. Mas o risco de morte é grande. 

A maior parte dos casos vem surgindo em Foz do Iguaçu. De janeiro a setembro deste ano, a cidade registrou 469 cães portadores da doença. Outros 16 municípios paranaenses já notificaram casos suspeitos.

Os números apontam que em pouco tempo a doença deve estar presente em mais cidades do estado. Segundo o professor, o papel do médico veterinário no controle e diagnóstico dea leishmaniose visceral é fundamental. A expectativa é que depois do seminário, os profissionais da secretaria de saúde em Londrina possam fazer o monitoramento do mosquito-palha e também intensifiquem os exames nos cães para retardar ou mesmo evitar a chegada da doença à cidade.

 Participam do seminário, que termina hoje, as maiores autoridades do assunto no Brasil.

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