Câmara de Arapongas apresenta projeto que prevê auxílio-saúde aos vereadores
Se aprovado, a proposta pode geral um custo anual estimado em aproximadamente R$700 mil reais aos cofres públicos
Um projeto de lei que prevê a criação de um auxílio-saúde para vereadores e servidores da Câmara de Arapongas, com um custo anual estimado em aproximadamente R$700 mil reais aos cofres públicos, deve ser votado na quarta-feira (29).
O projeto autoriza a Câmara a conceder auxílio-saúde para os servidores e vereadores em exercício, além de também beneficiar os familiares dos parlamentares, como filhos e cônjuge.
De acordo com a proposta, os valores variam entre R$ 148,31 a R$ 739,59 por pessoa, de acordo com a idade do beneficiário. Atualmente a Câmara conta com 15 vereadores e aproximadamente 90 servidores.
Dez vereadores assinaram autoria do projeto: Marcio Antônio Nickenig (PSD), Sebastião Ferreira da Silva (PSD), Marcelo Junio Souza (PP), Rosemary Farias (PDT), Antônio Aparecido Ribeiro dos Santos (União), Levi Aparecido Xavier (PSD), Luis Carlos Chavioli (PSD), Valdecir Pardini (União), Simone de Almeida Santos Sponton (PSD) e Alexandre Juliani (União).
Os vereadores que não assinaram são Arnaldo Aparecido Pereira (Avante), Aroldo Pagan (Pode), Décio Rosaneli (Pode), Marisa Staub Vendrametto (PL) e Paulo Grassano (PP), que disse que com o salário que cada um recebe é desnecessário o benefício.
Cada vereador recebe em média R$ 11,5 mil em valores brutos. “Nós temos um bom salário, não podemos ter um auxílio saúde para nós e nossos familiares pago pelo povo”, disse o vereador.
Para o vereador, o ideal seria lutar para ofertar uma saúde de mais qualidade e que poderia ter sido feito um outro projeto, beneficiando todos os servidores municipais, não somente os da Câmara.
O vereador ainda acredita que a sessão de votação será marcada pela participação dos moradores da cidade e protestos contra o projeto.
O jornalismo da CBN entrou em contato com o presidente da Câmara, o vereador Marcio Antônio Nickenig (PSD), um dos autores do projeto, mas ele apenas disse que não concederia entrevista por telefone.