O valor da cesta básica em Londrina voltou a subir em setembro e fechou o mês em R$ 631,09, um aumento de 4,36% em relação a agosto, quando o custo médio estava em R$ 604,72. O levantamento foi realizado entre os dias 29 e 30 em 11 redes supermercadistas espalhadas pelos quatro pontos da cidade e no centro.

Na comparação com setembro de 2024, o aumento é ainda maior: 7,8%. Naquele mês, a cesta custava em média R$ 585,40. Já em relação ao início de 2025, quando o valor era de R$ 625,45, a alta acumulada é de 0,9%, sinalizando uma relativa estabilidade ao longo do ano.

De acordo com o economista Marcos Rambalducci, o aumento é praticamente a mesma porcentagem de redução do mês de agosto.

Entre os 13 produtos analisados, sete ficaram mais caros em setembro: tomate, margarina, óleo de soja, pão, banana, feijão e carne. A batata manteve estabilidade, enquanto arroz, café, farinha, leite e açúcar registraram queda. A carne, que responde por quase metade do custo da cesta (45%), subiu 2,2%. O quilo do coxão mole variou de R$ 37,90 a R$ 49,90, com média de R$ 43,06. Rambalducci afirmou que em relação a carne, ainda é cedo afirmar que o aumento é decorrente do tarifaço imposto pelo governo americano.

De acordo com o estudo, uma pessoa adulta precisa hoje de R$ 631,09 para manter a alimentação básica mensal. Para uma família de dois adultos e duas crianças, o valor chega a R$ 1.893,26. Isso significa que um trabalhador que recebe o salário-mínimo brasileiro (R$ 1.518,00) precisa dedicar aproximadamente 92 horas de trabalho no mês para garantir a cesta, o equivalente a 41,6% da renda. Já no caso do salário-mínimo regional do Paraná (R$ 1.984,16), são necessárias 70 horas de trabalho, ou 31,8% do rendimento.

Projetando para os próximos meses, o economista entende que pode haver um aumento nos preços, principalmente no da carne.

A pesquisa também mostra que o consumidor pode encontrar variações significativas de preço dependendo da estratégia de compra. Ao optar sempre pelo menor preço de cada item, a cesta sairia por R$ 539,81, o que representa economia de 14,5%. Já se a compra for concentrada no supermercado mais barato, o valor cai para R$ 570,33. No extremo oposto, quem compra no mercado mais caro pode desembolsar até R$ 699,17.