QUARTA, 02/09/2020, 17:54

Chuvas de agosto melhoraram déficit hídrico na região, mas situação ainda preocupa, afirma gerente da Sanepar

Cenário pode piorar com redução do volume de chuvas na primavera e no verão por causa do fenômeno La Niña.

Uma situação que passou de crítica a estável com a chuva inesperada de agosto, mas ainda preocupa, por conta do déficit hídrico na Região Metropolitana de Londrina. No acumulado de janeiro a maio desse ano, o déficit era de 400 mm, o pior número dos últimos dez anos. Mas, de acordo com o Simepar, depois dos 144 mm do mês passado, o triplo da média histórica de agosto, o déficit caiu para cerca de 300 mm.

Na Região Metropolitana de Londrina, que tem 95% do abastecimento garantido pelo ribeirão Cafezal, que está apenas 20 centímetros abaixo do nível médio, e pelo rio Tibagi, que também teve a cota elevada, a situação melhorou bastante com as chuvas de agosto, afirma o gerente Industrial da Sanepar em Londrina, Gil Gameiro. Ele diz ainda que os dois mananciais tiveram uma boa recuperação, mas o cenário atual, apesar de estável, ainda preocupa a empresa.

Apesar de um pouco melhor, a situação não deve mudar muito a curto prazo. Por enquanto, não há previsão de chuva para esses primeiros dias de setembro aqui na região. O que só deve ocorrer na segunda semana do mês, que tem média histórica de 115 mm, abaixo do que choveu, por exemplo, em agosto.

Com a possibilidade do La Niña, fenômeno climático que causa o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, a estiagem pode se prolongar e aumentar o déficit hídrico. O gerente industrial da Sanepar diz que ainda não é possível saber a intensidade desse La Niña, previsto para ocorrer entre a primavera e o verão, mas a empresa vem se preparando para uma piora do cenário hídrico.

A situação de calamidade hídrica no Paraná foi decretada pelo Governo do Estado no início de maio. Com o Decreto, que tem validade seis meses e vigora até o dia sete de novembro, as companhias de abastecimento ficaram autorizadas a fazerem rodízios de até 24 horas, com possibilidade de ampliação em situações emergenciais.

Por enquanto, segundo a Sanepar, não há previsão de rodízio aqui para Londrina e região.

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