Por meio de um aditivo assinado nesta terça-feira (16), a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) renovou o contrato por seis meses com as cooperativas responsáveis pela coleta, triagem e comercialização dos resíduos recicláveis de Londrina. A medida é paliativa e não atende as exigências impostas pelos cooperados e feitas por intermédio do Ministério Público.

Ficou ajustado que, neste período de seis meses, a Companhia vai apresentar uma planilha de custos de todos os serviços prestados para que seja feito um novo contrato em outubro para melhoria de todo sistema de resíduos recicláveis em Londrina.

O diretor-presidente da Ecorecin, Franciso Bittencourt, informou que a única atualização neste aditivo foi na revisão do quantitativo de domicílios em razão do crescimento da demanda.

Desde 2022, existe um grupo de trabalho para aprimoramento da gestão dos resíduos sólidos em Londrina, efetivação das propostas do Grupo de Trabalho instituído em 2022 pelo MP para aprimoramento da gestão de resíduos sólidos em Londrina.

No formato proposto, o valor de repasse levaria em conta a insalubridade, os gastos com combustível, energia, água, entre outros. Além disso, cada cooperado receberia ao menos um salário mínimo mensal. Hoje, a remuneração dos trabalhadores vem da venda dos materiais, que pode variar mês a mês.

Segundo Bittencourt, as sete cooperativas exigem que o novo contrato seja com uma nova tabela de preços. Os representantes não aceitam a terceirização da coleta.

A CBN entrou em contato com a CMTU, mas o presidente da companhia Marcelo Cortez informou via assessoria de imprensa que não iria conceder entrevistas sobre o tema. Em nota, a companhia informou que renova sua confiança e respeito as cooperativas e cooperados na prestação dos serviços.

O comunicado diz que nessa renovação haverá um incremento dos valores repassados, podendo chegar até R$ 168 mil em razão de uma revisão no quantitativo de domicílios, do crescimento da demanda que prevê o aumento de passagens para atender da melhor forma a população de Londrina.

Sobre as queixas do serviço prestado à população pelos catadores, a CMTU diz que vai monitorar os serviços prestados para que toda cidade seja atendida de forma satisfatória.

Os contratos foram todos assinados nesta terça-feira, já estão em vigor e suas alterações já estão sendo processadas. Companhia diz que entende se tratar de um serviço essencial e espera que não haja interrupção da coleta.