Ao longo dos últimos anos o número de mortes em confrontos policiais aumentou. Um levantamento feito pelo Grupo de Atuação especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco apontou que em 2015 foram 247 mortes durante confrontos policias, em 2016 foram 264 e em 2017 275 mortes.

De acordo com o coordenador do Gaeco no Paraná, Leonir Batisti, em 2017 foram 236 ações, o que revela que houve mais de uma morte durante os confrontos.

O maior número de mortes em confrontos policiais ocorreu com policiais militares, só no segundo semestre de 2017 foram 125, quatro mortes foram com confrontos com policiais civis, também no segundo semestre do ano passado e duas com guardas municipais.

Considerando as 275 mortes do ano todo, 263 foram situações em que envolveram as ações de policiais militares.

Ainda de acordo com Batisti, com os dados é possível ter melhor elucidação das ações policiais e desenvolver programas de redução de mortes nos confrontos. Um dos fatores que levam o confronto com mortes é a de legítima defesa. O outro pode ser motivado por despreparo de um policial específico e ai sim devem se desenvolver programas de prevenção. Há ainda casos de policiais justiceiros, essa é a que mais preocupa o sistema de Segurança Pública.  

No primeiro semestre de 2017 os confrontos com mortes foram registrados em 43 cidades do Paraná, no segundo semestre em 37 cidades. Curitiba e região metropolitana apresentam o maior número de mortes no ano todo 108 no total. Em Londrina foram 27 mortes no total em 2017 durante os confrontos.

A faixa etária com maior número de vítimas é de jovens entre 18 e 29 anos e praticamente todos do sexo masculino. Essa faixa etária corresponde a 76% dos casos.