A última liminar do Tribunal Superior do Trabalho, que considerou a greve dos trabalhadores dos Correios “abusiva”, não deve colocar um ponto final no movimento, que começou em todo o país no último dia 19. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná, Cristian Ratz, garante que a paralisação vai continuar por tempo indeterminado, pelo menos até que a empresa aceite a retomar as negociações. Os funcionários pedem 8% de reajuste salarial e a manutenção de benefícios como o vale-alimentação e o plano de saúde. O sindicato também já recorreu da liminar judicial que questiona a greve, argumentando que a decisão, tomada pelo vice-presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, é política.

O diretor também esclareceu o conflito entre as duas federações que representam os trabalhadores dos Correios no país. Uma delas, de acordo com ele, é ligada ao governo do presidente Michel Temer e, por isso, sempre se mostrou contra a greve.

Os trabalhadores dos Correios estão com os braços cruzados há quase duas semanas, mas, segundo a empresa, menos de 20% do efetivo continua com a paralisação. A categoria volta a discutir a continuidade da greve numa assembleia marcada para esta terça-feira.

REPÓRTER GUILHERME BATISTA