QUINTA, 15/11/2018, 18:30

Consórcio corre risco de perder máquinas cedidas pelo Governo do Estado para recuperar estradas rurais de Londrina e mais três municípios da região

Diretor do Cidrebac diz que gestores só foram nomeados há quatro meses e que vem trabalhando para viabilizar todas as pendências e, finalmente, colocar os equipamentos em operação.

As máquinas foram entregues em março, mas o Consórcio só foi criado na prática apenas em junho e, claro, só depois disso pôde assinar o convênio com a SEAB, a Secretaria Estadual de Agricultura. O resultado é que os equipamentos seguem parados no IAPAR e não começaram a trabalhar na recuperação das estradas rurais. O Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Regional da Bacia do Cafezal, o Cidrebac, é formado por Londrina, Rolândia, Cambé e Arapongas.

O chefe do Núcleo Regional da SEAB em Londrina, Antônio Carlos Barreto, explica que da parte do Governo do Estado todas as obrigações foram cumpridas. Entre elas, a compra e cessão dos dois caminhões caçamba, um caminhão comboio, um trator de esteira, uma escavadeira hidráulica, um rolo compactador e uma pá carregadeira.

Segundo Barreto, os equipamentos ainda não foram entregues porque uma série de obrigações do Cidrebac ainda não foram cumpridas. Entre elas o seguro, a elaboração e entrega dos dois primeiros projetos de estradas a serem beneficiadas, além da contratação do pessoal que vai trabalhar com os equipamentos, como motoristas de caminhões, engenheiros e outros técnicos da área.

O convênio também prevê o treinamento dos trabalhadores que vão operar as máquinas. O curso, previsto no convênio, também já está disponível e, segundo a SEAB, aguarda apenas a indicação dos profissionais a serem capacitados.

O chefe do Núcleo Regional da Secretária de Agricultura diz que a responsabilidade pelas máquinas paradas é do Consórcio e garante que o Governo vem notificando o Cidrebac para que o problema seja solucionado.

Antônio Carlos Barreto afirma ainda que, diante da demora, existe a possibilidade do Cidrebac perder as máquinas, caso algum outro consórcio solicite os equipamentos.

O Diretor Executivo do Consórcio, Henrique Rezende, diz que o Cidrebac existia desde 2013, mas apenas no papel. E que só em 2018 foi efetivamente criado e em junho ele tomou posse. Rezende afirma ainda que o Consórcio corre para viabilizar todas as pendências burocráticas e que o seguro das máquinas já foi licitado e está em processo de assinatura do contrato. Segundo o diretor do consórcio em, no máximo, uma semana ele deve estar finalizado.

Em relação aos projetos de recuperação, o diretor do Consórcio diz que a primeira estrada a ser beneficiada deve ser a do Pari Paró, em Lerroville, que tem quase nove quilômetros de extensão.

De acordo com Henrique Rezende, Rolândia deve ser o segundo Município do Consórcio a ser beneficiado, mas a estrada que vai receber as obras ainda não foi definida.

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