O último boletim médico divulgado pela assessoria do Hospital Evangélico no fim da tarde desta terça-feira informa que o quadro do garoto de oito anos continua estável. Ele vem evoluindo bem, está melhorando, mas ainda inspira cuidados e ele segue internado na UTI pediátrica do hospital. De acordo com a assessoria do Evangélico, um novo boletim médico atualizando o estado de saúde do menino deve ser divulgado na manhã desta quarta-feira.

A Polícia Civil também deve convocar uma entrevista coletiva para detalhar as investigações, que estão sob responsabilidade da delegada Lívia Pini, do Nucria, o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes.

Diante da repercussão do caso, registrado pela Central de Flagrantes na madrugada de segunda-feira, a Polícia Civil decidiu enviar o inquérito para o Nucria.

O caso veio à tona após a criança de oito anos dar entrada no Hospital Evangélico, ainda na noite de domingo, bastante machucada, com diversos hematomas por todo o corpo, inclusive na cabeça, e também mordidas.  O menino foi levado à unidade de saúde pelos próprios pais adotivos. O médico e a enfermeira do plantão perceberam que se tratava de um caso de agressão e acionaram a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.

De acordo com o Boletim de Ocorrência feito na Central de Flagrantes, o casal admitiu ter dado "umas chineladas e palmadas" no menino. Segundo eles, um corretivo para tentar disciplinar o garoto adotado há menos de dois meses. Em depoimento, a mãe chegou a admitir que deu mordidas na bochecha e na perna da criança.

O casal disse aos policiais que bateu no menino com um chinelo e uma vara de plástico e que os hematomas na cabeça foram provocados quando a criança se debateu e se jogou no chão para escapar das agressões.