QUARTA, 21/03/2018, 08:51

Decreto pode formalizar regulamentação do Uber em Londrina

CMTU e Câmara Municipal discutem possibilidade após afastamento do vereador Rony Alves, autor do projeto que regularizava o aplicativo.

O gerente de Transportes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização, CMTU, Wilson de Jesus, foi à Câmara depois de ser convocado pelo presidente da Casa, Ailton Nantes, do PP, para debater a possibilidade do Uber e outros aplicativos serem regulamentados em Londrina por meio de um decreto e não por projeto de lei. Essa era a intenção do vereador Rony Alves, do PTB, até ele ser afastado pela Justiça por possível envolvimento na Operação ZR-3, do Gaeco, que apura um suposto esquema de corrupção entre agentes públicos e empresários para mudanças pontuais de zoneamento em Londrina.

O parlamentar, antes de deixar o Legislativo, interrompeu a tramitação do texto para aguardar o debate no Congresso Nacional. Com o aval dos deputados e senadores e a previsão de sanção já na próxima segunda-feira pelo presidente Michel Temer, a matéria, na visão dos diretores da CMTU, terá que ser revista. Wilson de Jesus defendeu um debate amplo para a definição de uma norma que não desagradasse os adeptos do transporte individual, mas que também não prejudicasse outras categorias, como os taxistas.

Segundo Jesus, a atuação do Uber na cidade, que teve início em agosto de 2016, trouxe reflexos no transporte coletivo. Conforme o gerente, são 300 mil passageiros a menos ao mês. Ele também criticou a falta de retorno do serviço em impostos municipais.

Hoje, 1,4 mil condutores estão filiados ao Uber, sendo que 400 trabalham exclusivamente com a ferramenta. Ailton Nantes descartou a apresentação de um novo projeto na Câmara. O vereador acredita que a presença pessoal dos representantes da empresa de aplicativos será fundamental para o andamento da discussão.

Comentários