QUINTA, 23/11/2017, 19:24

Delegado da Polícia Federal desabafa e diz que prejuízo com suspensão da operação para retirada de invasores do Flores do Campo foi grande e quem paga é a sociedade

Nilson Antunes afirmou ainda que planejamento da ação, que envolveu mais de mil policiais, demorou mais de um ano e que não sabe quando terá condições de fazer uma nova operação de retirada, após os 90 dias definidos pela justiça.

Mais de mil policiais de várias cidades mobilizados. Só da Polícia Militar eram 750, além de homens das polícias Federal e Civil. Além de 200 guardas municipais. Toda essa tropa deveria ter cumprido a ordem de reintegração de posse do Residencial Flores do Campo, na zona norte de Londrina.

Mas, todo esse planejamento de cerca de um ano, segundo a PF, foi por água abaixo.

É que poucas horas antes do início da Operação, uma decisão do TRF da 4ª Região, em Porto Alegre, - segunda instância da Justiça Federal - deu um novo prazo de 90 dias para a desocupação voluntária das unidades habitacionais. O delegado chefe da Polícia Federal de Londrina, Nilson Antunes, se disse frustrado e triste com a decisão.

De acordo com o delegado, o prejuízo foi grande, já que envolvia mais de mil policiais, da PM, da PF, Polícia Civil, Guarda Municipal, além de servidores de diversos órgãos da Prefeitura.

Nilson Antunes diz ainda que várias famílias que ocupam as casas e apartamentos do Residencial chegaram a tentar sair do local, mas foram impedidas por supostas lideranças do movimento.

O delegado da Polícia Federal diz que ainda não sabe o que vai ser feito daqui pra frente, já que 90 dias não são suficientes para planejar e mobilizar, novamente, uma tropa como a que foi destacada para a operação.

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