A Cadeia Pública de Ibiporã comporta até 35 presos e hoje conta com mais de 140 detentos. A estrutura é antiga e precária. Na noite de segunda para terça uma rebelião deixou vários detentos feridos e seis mortos. Os corpos foram encontrados carbonizados.

A ação dos detentos teve início por volta das 8h da noite e terminou por volta das 2h da madrugada de terça-feira, segundo informações da Polícia Civil.

De acordo com o delegado Vitor Dutra, a transferência de detentos de presos iniciou ainda na tarde de terça. No total 25 presos foram transferidos para outras cadeias da região.

As investigações preliminares apontam para uma briga entre grupos rivais que levou os detentos a se rebelarem. 

Ainda de acordo com o delegado Vitor Dutra, os presos atearam fogo em colchões e destruíram parte da cadeia. Porém, não houve fuga de nenhum dos detentos durante a rebelião. Os presos usaram partes das grades da carceragem como armas para matar os rivais.

Há pouco mais de duas semanas houve fuga de 15 presos da cadeia, desses apenas três foram capturados.

A rebelião ocorreu justamente uma semana depois que um convênio foi firmado entre o município e o governo do Paraná para retirar a sede administrativa da delegacia daquele local. 

Em nota a Secretaria Estadual de Segurança Pública esclareceu:

“A gestão da carceragem da Cadeia Pública de Ibiporã é compartilhada entre a Polícia Civil e o Departamento Penitenciário do Paraná. Assim que tudo começou, a Polícia Civil acionou reforços de outras forças policiais. O Setor de Operações Especiais do Depen também foi chamado para reestabelecer a ordem e assumir o controle dos presos e demais medidas fossem tomadas no interior da carceragem. Todos os detentos da carceragem foram removidos ao pátio. O Corpo de Bombeiros, o Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística, da Polícia Científica, também foram acionados. Um inquérito será instaurado para apurar a ocorrência e, também, para que seja possível identificar e tomar as medidas cabíveis aos responsáveis. O Setor de Operações Especiais trabalha na unidade, para os reparos necessários. A Polícia Militar, por meio do 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM), faz o isolamento externo e se mantém do lado de fora da unidade, com policiamento fixo, para reforçar a segurança da unidade prisional e na região. Ainda nesta terça-feira ao menos 25 presos foram transferidos ao sistema prisional do Departamento Penitenciário.”