A Polícia Civil confirmou, em nota encaminhada à imprensa nesta segunda-feira (13), que a Deccor, Divisão de Combate à Corrupção, investiga se o detento Nelson Barbara recebeu ajuda de um agente penal para fugir da unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2) há exatamente um ano, em 13 de fevereiro de 2022. O Deppen, Departamento de Polícia Penal do Paraná, também confirmou que uma sindicância foi aberta para apurar a conduta do servidor público envolvido no caso. Como as investigações estão em andamento, nenhum detalhe foi repassado pelos órgãos competentes.

Nelson Barbara, hoje com 41 anos, estava detido desde 2003 cumprindo pena por dois homicídios e diversos roubos violentos praticados contra produtores rurais de Londrina e região nos anos 2000. Ele foi condenado a mais de 120 anos de prisão. Na época da fuga, a polícia informou que ele conseguiu escapar pulando o muro da unidade prisional. Mas documentos detalhados em uma reportagem pelo portal G1 nesta segunda-feira mostram que o detento foi retirado da galeria onde estava sem a autorização da direção da penitenciária para ajudar a servir refeições a outros presos. Ele teria escapado no caminho até a outra galeria através da guarita de sol, cujo acesso é por um portão de ferro.

Os documentos mostram, ainda, que nenhum sinal de arrombamento foi encontrado no portão, o que levanta a possibilidade de a passagem ter sido deixada aberta pelo agente que acompanhava Barbara para facilitar o plano de fuga do mesmo. Todas as informações estão sob investigação. O agente penal acusado de ajudar o preso teria sido transferido para outra penitenciária. O Deppen também apura se houve desatenção por parte de outros servidores no momento da fuga, uma vez que imagens do circuito interno da unidade, conforme o que foi noticiado pelo G1, mostram Barbara andando por cima do telhado e até quebrando parte das telhas para ter acesso a uma sala.

Além de investigar a fuga do detento, a polícia também continua atrás de informações sobre o paradeiro de Barbara, que segue sendo procurado até hoje. Neste caso, o inquérito é de responsabilidade do delegado do 6º Distrito Policial de Londrina, Ernandes Cezar Alves, que chegou a receber muitas denúncias nos últimos meses, mas nenhuma delas levou a polícia ao esconderijo do procurado.

Os telefones da polícia para denúncias são o 190 e o 181.