TERCA, 31/08/2021, 16:54

Doze dos 13 itens da cesta básica ficaram mais caros no último mês em Londrina

Apenas o preço do pão registrou ligeira queda de 0,3%. Em 60 dias, o valor geral do conjunto de produtos subiu quase 8% na cidade, 3,55% somente em agosto.

A pesquisa mensal realizada em Londrina para verificar os preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica trouxe dados preocupantes nesta terça-feira (31). Doze dos itens pesquisados ficaram mais caros em agosto, de acordo com o levantamento. Apenas o valor do pão sofreu uma ligeira queda, de 0,3%, o que, segundo o economista Marcos Rambalducci, que coordena a pesquisa, indica uma situação de estabilidade e não de redução no preço do referido produto. Ou seja, de acordo com ele, nenhum dos itens pesquisados ficou, de fato, mais barato no último mês. Uma constatação que, conforme Rambalducci, nunca tinha sido registrada durante a elaboração dos levantamentos nos supermercados.

Entre as altas, os destaque são a margarina, que ficou 9,9% mais cara; o açúcar, 8%; e o café, 7,5%. São produtos que, de acordo com o economista, têm um alto valor de exportação e, por isso, sofrem com a taxa de câmbio. O clima seco, que prejudicou a colheita de culturas ligadas diretamente aos referidos itens, também pode ter influenciado na elevação dos preços, conforme explicou Rambalducci.

Já de forma geral, o valor da cesta básica subiu 3,55% em Londrina no mês de agosto. São, em média, R$ 518,42 para uma pessoa adulta e R$ 1.555,26 para uma família composta por dois adultos e duas crianças. No acumulado dos últimos 60 dias, o conjunto de produtos ficou quase 8% mais caro na cidade.

Outro produto citado por Rambalducci que puxou o valor da cesta básica para cima é a carne. O item, que corresponde a mais de 40% do total gasto no conjunto de alimentos, fechou agosto 4,6% mais caro.

O economista também se mostrou apreensivo com os valores a serem pesquisados nos próximos meses, não descartando ainda mais elevações. Rambalducci afirmou que os preços até podem se normalizar daqui para frente, desde que o clima comece a ajudar nas lavouras e plantações. Ele lembrou, ainda, que a produção de alimentos está diretamente ligada ao consumo de combustível e energia elétrica, setores que também têm sofrido com a estiagem e a oscilação da taxa cambial.

Por Guilherme Batista

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