QUARTA, 28/11/2018, 11:31

Econorte recorre de decisão judicial que fechou praça de pedágio de Jacarezinho

A defesa também alega que os aditivos feitos nas tarifas de Jataizinho foram necessários para “reequilibrar o contrato”

A Triunfo/Econorte recorreu da decisão judicial que fechou a praça de pedágio de Jacarezinho. A defesa entrou com dois recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF 4) para derrubar também a decisão que determina a diminuição de 26,75% da tarifa no pedágio de Jataizinho e Sertaneja alegando que os aditivos que são questionados pela justiça foram necessários para “reequilibrar o contrato”. Quanto a decisão de início das obras do Contorno Norte, na região de Londrina, a concessionária alega que não há tempo hábil para a aprovação dos projetos ambientais. A justiça bloqueou R$ 1 bilhão em bens dela e mandou começar os trabalhos em 30 dias, a contar de sexta-feira passada.

Em nota, enviada no início da semana, a Econorte informa que “foi intimada da decisão e já está cumprindo a determinação da justiça. A concessionária tomará todas as medidas legais e judiciais cabíveis para assegurar seus direitos em face da decisão”.

A Triunfo/Econorte é ré em duas fases da operação Integração, que apura, desde fevereiro deste ano, um suposto esquema de corrupção que relacionava a apresentação de aditivos aos contratos de pedágio ao pagamento de propina. De acordo com as investigações, a organização criminosa, formada por agentes públicos e representantes das concessionárias, causou um prejuízo de mais de meio bilhão de reais aos cofres do estado, com a criação de aditivos superfaturados, o aumento exagerado de tarifas e as negociatas envolvendo a instalação de praças nas rodovias federais que passam pelo Paraná e estão no chamado Anel de Integração.

No recurso, a defesa da empresa alega que “se houve atos de corrupção na realização desses aditivos, que sejam eles apurados”.

A decisão de fechamento da praça de Jacarezinho fez com que a concessionária reabrisse a praça de Cambará, que estava fechada desde 2002, quando a concessionária conseguiu um aditivo para transferir as atividades para a praça de Jacarezinho.

 

Por Claudia Lima

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