TERCA, 23/02/2021, 15:02

Em meio a protestos no Paraná, audiências da ANTT sobre pedágio serão realizadas nesta quarta e quinta-feira

População poderá opinar nos encontros marcados a partir das 9h no Youtube.

Representantes da sociedade organizada e todos os paranaenses têm a oportunidade de manifestar opiniões e apresentar sugestões nas audiências públicas sobre as concessões de rodovias, marcadas para quarta e quinta-feira (dias 24 e 25) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O Ministério da Infraestrutura deve apresentar o projeto elaborado pelo Governo Federal que prevê a concessão de mais de três mil quilômetros de estradas federais e estaduais, divididos em seis lotes. Os encontros acontecem por videoconferência, pela internet, por meio do Canal ANTT, no YouTube, a partir das 9 horas.

Para o deputado estadual Tercilio Turini, o modelo proposto com implementação de outorga onerosa pelo Ministério da Infraestrutura não atende  todas as expectativas do Paraná, por isso é fundamental que lideranças e a comunidade apontem o que deve ser mudado.

O projeto também prevê a instalação de outras 15 praças de pedágio além das 27 já existentes, somando 42 praças. Alguns exemplos: na PR 445 entre Londrina e Mauá da Serra, na BR 376 (município de Califórnia) entre Apucarana e Mauá da Serra e na PR 466 entre Cascavel e Toledo.   A instalação da praça na PR-445 foi alvo de protesto e indignação de moradores de Tamarana e distritos como Irere no ultimo sábado.  O agricultor Fernando Torres da Silva contou que a PR-445 é a única via asfaltada que dá acesso ao perímetro urbano de Londrina e que os moradores da região dependem da rodovia para serviços básicos como ir ao banco ou trabalhar.

De acordo com Aparecido Costa, proprietário de um mercado em Irerê, a implantação do pedágio no trecho da rodovia não vai apenas comprometer o custo dos moradores com transporte, mas também pode se refletir no preço dos produtos comercializados na região.

A população pode enviar críticas e sugestões até 22 de março, mesmo após as audiências públicas desta semana.  Segundo nota encaminhada pelo Ministério da Infraestrutura, o projeto terá como vencedor, a empresa que oferecer a menor tarifa de pedágio, dentro de uma variação de valores determinada pelo Governo Federal. Um possível pagamento de outorga só será usado como critério de desempate. Segundo o governo federal, esse modelo feito pela Bolsa de Valores, viabiliza um contrato financeiramente sustentável, qualificando as empresas interessadas e garantindo aos usuários que os investimentos sejam realmente feitos nas rodovias.

Por Guilherme Marconi

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