SEGUNDA, 28/09/2020, 18:46

Empresários que optaram por prorrogar pagamento de impostos federais no início da pandemia deverão fazê-lo no próximo mês

Até o momento, governo não informou se vai, mais uma vez, adiar o compromisso. Sebrae orienta pequenos empresários a planejarem a quitação dos tributos e, assim, manter as finanças em dia.
 

Os pequenos empresários que prorrogaram o pagamento dos impostos federais do Simples Nacional referentes aos meses de março, abril e maio deste ano, deverão fazê-lo no próximo mês. O adiamento foi autorizado pelo governo por conta da crise econômica ocasionada pela pandemia de coronavírus. A quitação dos tributos ficou em “stand-by” por seis meses, mas, até o momento, não há nenhuma sinalização por parte da União para uma nova prorrogação. Ou seja, além de pagar o imposto referente a este mês, o pequeno empresário vai precisar se virar, em outubro, para dar conta do que se acumulou desde o início do ano.

Vale lembrar que, desde julho, as pequenas empresas do Simples Nacional já voltaram a pagar as guias mensais referentes aos meses de apuração correspondentes. Em julho, agosto e setembro também já houve o pagamento cumulativo da guia de cada mês com o ICMS e ISS de abril, maio e junho, respectivamente, que também haviam sido prorrogadas.

Sérgio Garcia Osório, consultor do setor de Ambiente de Negócios do Sebrae, admite que os próximos meses deverão ser bem difíceis para os pequenos empresários, que, segundo ele, foram os que mais sofreram economicamente por conta da pandemia. Ele orienta o microempreendedor a se planejar, adiando possíveis despesas e investimentos, para que, assim, os impostos sejam pagos e, consequentemente, as finanças sejam mantidas em dia.

Atualmente, o país possui 17 milhões e 700 mil pequenos negócios dentro do Simples Nacional, sendo 10 milhões e 600 mil microempreendedores individuais. Além de prestar consultoria a estes empresários, o Sebrae tem atuado junto ao Congresso Nacional para a aprovação de medidas que amenizem o acúmulo de pagamentos. Entre as medidas já em discussão, está a que cria um prazo maior para a quitação dos impostos e outra que estabelece um plano de renegociação destes valores. Os dois projetos estão, atualmente, em tramitação no Senado.

Por Guilherme Batista

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