SEGUNDA, 14/08/2017, 00:05

Entidades de Direitos Humanos fazem vistoria ao 3º Distrito Policial

A unidade está com o número de presas dentro da capacidade, mas as detentas relataram problemas com o atendimento médico e a assistência jurídica.

Participaram da vistoria o Centro de Direitos Humanos de Londrina, a Pastoral Carcerária, a Comissão de Direitos Humanos da OAB, Ministério Público e Defensoria Pública. Segundo o padre Edivan Pedro, da Pastoral Carcerária, as principais dificuldades encontradas no 3º Distrito dizem respeito ao atendimento médico às presas e em relação assistência jurídica. De acordo com o padre, algumas delas nunca tiveram um advogado ou defensor público. Mas o religioso diz que, em 10 anos de pastoral, é a primeira vez que encontra o 3º Distrito sem a já conhecida superpopulação.

A unidade fica no Jardim Bandeirantes, zona oeste de Londrina, e já registrou fugas. Em maio desse ano, a unidade deixou de atender a população, por decisão do delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Osmir Ferreira Neves, por conta da superpopulação. O padre Edivan conta que o principal problema encontrado no 3º Distrito durante a vistoria foi a falta de atendimento médico. Uma dificuldade que, segundo o religioso, não é de agora.

O padre Edivan diz ainda que, algumas presas, nunca tiveram assistência jurídica e que a Defensoria Pública se comprometeu a buscar uma solução emergencial. De acordo com o religioso as presas reclamaram também da limpeza da unidade. Para o Vereador Vilson Bittencourt, da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, a situação do 3º Distrito melhorou. O principal problema, segundo Bittencourt, é mesmo o atendimento à saúde das detentas.

Segundo Vilson Bittencourt, as vistorias vão ser estendidas a outros distritos policiais da cidade.

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