SEGUNDA, 05/02/2018, 19:25

Entidades de policiais opinam sobre escolha do novo secretário de Segurança do Paraná

Na Polícia Civil há 25 anos, Julio Reis foi nomeado na função após demissão de Wagner Mesquita.

O governador Beto Richa, do PSDB, anunciou nesta segunda-feira o delegado Julio Reis como novo secretário de Segurança Pública do Paraná, que substitui Wagner Mesquita no cargo, demitido na semana passada. Ele recebeu a notícia assim que retornou de férias. Segundo a assessoria de imprensa do governo estadual, a troca foi justificada para dar mais unidade entre as Polícias Militar e Civil. Richa declarou que Mesquita teria entendido as razões de sua decisão.

Julio Reis é servidor há 25 anos, todos na Polícia Civil do Estado. Ele chefiou a Divisão Policial do Interior, a Divisão Estadual de Narcóticos, as subdivisões de Pato Branco e Cascavel e a Corregedoria da pasta no Sudoeste. A mudança no cargo máximo da segurança pública paranaense foi bem aceita pela Associação dos Delegados de Polícia, a Adepol. O presidente da entidade, João Ricardo Keppes Noronha, avaliou que Reis era um dos funcionários mais gabaritados para coordenar a secretaria.

Apesar do novo secretário ser delegado de carreira, Noronha assegurou que as cobranças irão continuar.

O presidente da Adepol descartou qualquer desgaste na relação com Wagner Mesquita, mas admitiu que houve falta de planejamento. No ano passado, a entidade encaminhou um relatório à Comissão Interamericana de Direitos Humanos abordando a superlotação das delegacias do Estado. Segundo o levantamento, quase 10 mil presos ainda não foram transferidos para penitenciárias. As vagas disponíveis não preenchem metade desse número. São 4,7 mil em todo o Paraná.

A Associação dos Praças da Polícia Militar, a Apra, lamentou a saída de Mesquita. Conforme o presidente do órgão, Orélio Fontana, o ex-secretário possuía um perfil operacional adequado para a função exercida. Ele comentou que a demissão foi turbulenta, mas desejou bons resultados para o novo comandante da Sesp.

Fontana espera igualdade no repasse de investimentos para as duas forças policiais.

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