Estado reforça alerta sobre meningocócica e orienta a atualização da caderneta de vacinação
Paraná já registra 47 casos e 12 mortes pela doença em 2025, sendo crianças e adolescentes os mais vulneráveis
A Secretaria de Saúde do Paraná emitiu um alerta sobre o aumento dos casos de doença meningocócica, que é causada por uma bactéria e que pode levar a quadros graves de meningite. A transmissão ocorre por gotículas respiratórias, o que facilita o contágio em locais fechados e com aglomeração. O risco de letalidade é elevado, e, entre os sobreviventes, podem ocorrer sequelas graves, principalmente em crianças.
De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a vacinação é a principal forma de prevenção. Crianças menores de cinco anos estão na faixa de maior risco, especialmente as de menos de um ano. O Sistema Único de Saúde oferece a vacina meningocócica C para bebês a partir dos três meses até os quatro anos de idade. Desde julho de 2025, a dose de reforço aplicada aos 12 meses passou a ser feita com a vacina meningocócica ACWY, que também protege contra os sorogrupos A, W e Y. Adolescentes entre 11 e 14 anos também recebem a ACWY, como estratégia para reduzir a circulação da bactéria.
Entre os sintomas estão febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas, vômitos e manchas avermelhadas na pele, estas geralmente aparecem entre o terceiro e o quarto dia após o contágio. Diante de qualquer sinal, a orientação é procurar imediatamente atendimento em uma unidade de saúde.
Além da imunização, a Secretaria orienta para medidas de prevenção, como manter ambientes ventilados, higienizar as mãos com frequência, evitar aglomerações em locais fechados, não compartilhar objetos de uso pessoal e adotar etiqueta respiratória.
Profissionais de saúde também devem estar atentos ao diagnóstico precoce, realizar isolamento imediato dos pacientes, notificar casos suspeitos em até 24 horas e coletar amostras clínicas adequadas. A avaliação de contatos próximos com casos confirmados é fundamental para definir a necessidade de quimioprofilaxia, evitando a expansão da doença.
Em 2024, a cobertura vacinal da primeira dose em crianças menores de um ano alcançou 91,89% no estado. Em 2025, até o momento, o índice caiu para 83,15%. No acumulado de 2025, já são 47 casos confirmados em todo o Paraná, com 12 óbitos. Na região de Foz, foram nove casos e duas mortes neste ano.