QUINTA, 24/01/2019, 10:47

Ex-prefeito e mais treze são denunciados por participação em esquema que recebia por serviços que não eram realizados em hospital de Assaí

Justiça acatou denúncia por improbidade administrativa. Prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 1 milhão

 

A Vara de Fazenda Pública de Assaí, localizada a 40 quilômetros de Londrina, aceitou denúncia por improbidade administrativa contra o ex-prefeito daquela cidade, Michel Ângelo Bomtempo, do MDB, e mais trezes pessoas acusadas de participação em um esquema que, segundo as investigações do Ministério Público, teria fraudado a prestação de serviços na área da saúde.

De acordo com a ação, o então chefe do Executivo teria ajudado a direcionar, no ano de 2005, a contratação do Instituto Pró-Vida para a realização de procedimentos no Hospital Municipal de Assaí. Ainda conforme as investigações, ficou acordado que a empresa receberia cerca de R$ 72 mil por mês para prestar os serviços. Um pagamento total de R$ 864 mil. Mas ficou comprovado, durante a apuração, que foram repassados cerca de R$ 1 milhão a mais para o instituto. Montante referente a consultas e exames ligados à área de oftalmologia, mas que, conforme o MP, nunca foram realizados, uma vez que todos esses procedimentos são cobertos pelo Sistema Único de Saúde. Também foram verificados valores superfaturados em relação a atendimentos de urologia.

Além do ex-prefeito, foram denunciados o ex-secretário de Saúde de Assaí, ex-servidores públicos e representantes da empresa.

O advogado de Bomtempo, Maurício Carneiro, nega que o cliente tenha participado do esquema. Ele destaca, ainda, que a contratação do instituto ajudou a melhorar a qualidade do atendimento prestado à população, com a oferta de consultas em outras especialidades.

Também tentamos contato com a defesa do Instituto Pró-Vida, mas não obtivemos retorno até o fechamento desta reportagem.

Por Guilherme Batista

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