QUARTA, 23/11/2022, 08:00

Familiares de jovens mortos em ações policiais cobram implantação de câmeras de vídeo em uniformes de policiais militares

Movimento de mães que perderam filhos baleados cobram transparência dos casos.

 

O movimento batizado de “Justiça por Almas – Mães de Luto em Luta” tem feito vários atos em Londrina para chamar atenção das autoridades para as mortes de jovens que perderam a vida após ações policiais.

Levantamento feito a partir de números do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) mostra que Londrina é recordista em letalidade policial no Estado. No período de cinco anos, entre 2017 e 2021, 178 pessoas foram mortas por forças de segurança na cidade nos chamados confrontos. Isso representa 3,02 mortes para cada 10 mil habitantes.

Marilene Ferraz da Silva Santos, mãe do jovem Davi Gregório Ferraz dos Santos, morto pela PM com a15 anos de idade em junho deste ano é uma dessas lideranças que cobram maior segurança e investigações transparentes dos casos.

O grupo de mães ainda exige que os agentes de segurança sejam obrigados a utilizar câmeras de vídeo em seus uniformes e que esses profissionais sejam submetidos a exames toxicológicos constantes.

A alegação dos agentes de segurança para justificar as mortes é que elas ocorrem em situações de confronto. Na opinião de Marilene, os adolescentes não estão tendo uma segunda oportunidade em Londrina.

Sobre as câmaras frontais, a Guarda Municipal de Londrina já recebeu equipamentos, treinamentos dos agentes e a entrega das capas de colete. O prazo final da licitação para a entrega é 22 dezembro. Segundo nota encaminhada, o objetivo é padronizar e possibilitar que qualquer GM possa ser escalado para atuar nas abordagens de rua com a câmera.  Já a Policia Militar do Paraná ainda não tirou do papel a medida de implantação.

Por Guilherme Marconi

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