Os dois decretos começaram a vigorar no sábado e são válidos por duas semanas. A norma que trata da proibição da venda e do consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos das 22 horas às 6 horas é válida para todo o estado. O decreto define que a Secretaria de Segurança Pública fica responsável por intensificar as operações em parceria com as Guardas Municipais, para coibir as aglomerações, principalmente onde haja o consumo de bebidas alcoólicas.

Ratinho Junior afirmou que, com a medida, o Governo espera reduzir os acidentes de trânsito e a pressão sobre o sistema de saúde para passar a focar no atendimento apenas da Covid-19, em uma fase da pandemia que a curva de casos é ascendente e cada vez mais veloz.

No outro decreto, que também vale por 14 dias, o Governo tenta restringir a circulação de pessoas na Região Metropolitana de Curitiba, que concentra a maioria dos casos confirmados de Covid-19 no estado desde o começo da pandemia e onde a ocupação de leitos de UTI está acima de 60%. O boletim de sexta-feira da Sesa registrava pouco mais de 4 mil casos e 160 mortes nos 27 municípios da Região.

Entre os principais pontos do decreto, o fechamento de shopping centers aos finais de semana e a padronização do horário de funcionamento nos dias úteis (das 12h às 20h), que começa a valer partir desta segunda-feira. O comércio de rua vai poder funcionar das 10 horas às 16 horas. O decreto proíbe ainda, desde sábado, o acesso de crianças menores de 12 anos aos supermercados. 

O governador afirmou que o decreto tem como objetivo principal reduzir o fluxo de passageiros no transporte coletivo nos horários de pico e diminuir as aglomerações vistas nos shoppings de Curitiba nos últimos dias e que a decisão foi tomada em conjunto com a Associação dos Municípios da Região Metropolitana da capital.

O governador pediu bom senso às pessoas e apelou para que a população use a máscara, evite as aglomerações e mantenha o distanciamento social.  Os prefeitos agora precisam editar as normas de regulamentação. Com o número de casos e de mortes em ascensão na Região Metropolitana da capital, o Governo decidiu ainda ativar mais 80 leitos de UTI em alguns municípios, 51 em Campo Largo, 15 no Hospital de Clínicas e 14 no Hospital de Reabilitação, ambos de Curitiba. Além de 17 leitos de enfermaria no Hospital do Trabalhador que também foram liberados pelo estado.