Nessa primeira fase do “Programa Escola Segura”, 100 unidades de ensino de todo o Estado terão policiais militares fazendo a segurança, em dois turnos, das 7h da manhã às 23h. No total, são 204 soldados, cabos e sargentos da PM que estavam na reserva. Em Londrina, serão 18 escolas, de diversas regiões, e 35 policiais militares.

Um dos pré-requisitos para ser aceito no programa era estar há pelo menos dois anos na reserva. Além disso, o PM não poderia estar respondendo nenhum processo judicial. O Governador Ratinho Júnior anunciou o início do programa aqui na cidade, nesta sexta-feira, no Colégio Estadual Professora Olympia Morais Tormenta, no bairro João Paz, zona norte.

Um soldado vai receber R$ 3 mil por 20 dias úteis trabalhados. O valor máximo, pago ao segundo sargento, pode chegar a R$ 3.800 pelo mesmo período. O cabo Renato, um dos dois policiais que vai trabalhar na escola da zona norte, conta que estava há seis anos na reserva da PM e decidiu se inscrever no programa, segundo ele próprio, por saudade da atividade e pela oportunidade de complementar a renda.

Os militares que passaram por todas as fases da seleção fizeram uma capacitação específica para atuar nas escolas. O Governo diz que a escolha foi criteriosa e que uma das principais preocupações foi com a avaliação psicológica dos selecionados, já que eles vão trabalhar armados.

Na solenidade de lançamento do programa, com direito a banda de música, Hino Nacional e muitas autoridades da cidade e de toda a região, o Governador destacou o programa paranaense, inspirado em um projeto português, e a expectativa de aumento na segurança das escolas e das comunidades onde elas funcionam.

Perguntado sobre o aumento nas tarifas da Sanepar, Ratinho Júnior defendeu o reajuste de 12% autorizado pela Agepar, disse ser necessário para manter a saúde financeira da empresa e colocou a culpa nos governos passados.

O governador também falou sobre o contingenciamento de recursos nas Universidades Estaduais. Ratinho Júnior afirmou que as instituições não serão prejudicadas e que a proposta que está sendo estudada pelo Governo é técnica.

O “Escola Segura” foi lançado em meados de março, após o ataque que deixou dez mortos na escola de Suzano, em São Paulo. O programa, previsto inicialmente apenas para Londrina e Foz do Iguaçu, começou a funcionar na região Metropolitana de Curitiba.