SáBADO, 13/07/2019, 09:33

Governo do Estado apresenta “nova” proposta de pagamento da data-base aos servidores

Sugestão, que mantém reposição parcelada a partir de janeiro do próximo ano, vai ser apreciada pelos funcionários em assembleia na manhã deste sábado. Enquanto isso, greve continua.

A proposta que pode colocar fim à paralisação dos servidores públicos estaduais foi apresentada aos sindicatos pelo Governo do Estado no final da tarde desta sexta-feira. A sugestão mantém o pagamento da data-base de 5,08% de forma escalonada, mas agora sem os 0,5% previstos para outubro deste ano. Pela “nova” proposta, seriam pagos cerca de 2% em janeiro de 2020, 1,5% no início de 2021 e mais 1,5% em janeiro de 2022. As duas últimas parcelas só seriam repassadas, entretanto, mediante o crescimento da chamada receita corrente líquida do Estado em 6,5% na comparação com o ano anterior.

O governo também se comprometeu a não descontar os dias parados, mas só se houver a reposição das aulas perdidas por parte dos professores das escolas estaduais. A proposta firma, ainda, o compromisso de o Estado realizar concursos públicos para a contratação de novos servidores, sendo, entre eles, 2.560 policiais militares, 400 policiais civis, 400 profissionais da Saúde e 988 professores.

Em áudio enviado à imprensa, o líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Hussein Bakri, ressaltou a importância do avanço nas negociações para o término da greve. Os servidores estão há quase três semanas de braços cruzados. Em Londrina, o movimento afeta o funcionamento das escolas estaduais, da UEL e de hospitais como o HU e o HC.

A nova proposta, apesar das modificações, ainda não contempla o principal pedido do funcionalismo, de pagamento de parte da reposição ainda este ano. O deputado governista reiterou que o orçamento do Estado não comportaria essa reivindicação.

A nova proposta do governo vai ser apreciada pelos servidores em assembleias marcadas para a manhã deste sábado. A principal delas teve início às 8h30 no Centro Cívico, em Curitiba, onde o movimento montou acampamento para acompanhar as negociações. Os sindicatos garantem que a paralisação só vai chegar ao fim se os funcionários aceitarem a proposta durante os encontros.

Por Guilherme Batista

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