Foi o próprio Guarda Municipal acusado de desviar o dinheiro apreendido que decidiu procurar a Polícia Civil espontaneamente para devolver a quantia, R$ 21.500. No vídeo, a que a CBN Londrina teve acesso, o Guarda Municipal Vinícius Barros, de 28 anos, confirma ao delegado a versão dada em abril passado, quando afirmou que tinha queimado o dinheiro e que, por conta de disso, teve que fazer um empréstimo em uma instituição financeira para devolver os mais de R$ 20 mil.

No inquérito concluído em abril, 15 Guardas Municipais foram investigados, oito deles acabaram indiciados por peculato e fraude processual e outros cinco apenas por peculato, já que devolveram o dinheiro. Dois agentes foram excluídos do inquérito.

Pelo que a Polícia Civil apurou, cinco agentes teriam recebido cerca de R$ 20 mil e os outros aproximadamente R$ 70 mil. Nas imagens, o GM, que está acompanhado do advogado, aparece com um envelope de papel, vai tirando os maços de notas de R$ 50 e R$ 100 e coloca em cima da mesa do delegado.

O caso veio à tona, em novembro do ano passado, quando um grupo de Guardas Municipais fez uma apreensão de aproximadamente R$ 900 mil na zona sul da cidade. A Polícia Civil acredita que o valor total apreendido pelos Guardas seria de R$ 1,5 milhão e que aproximadamente R$ 600 mil teriam sido desviados. Outro inquérito, que investiga a origem do dinheiro, continua em andamento.

Todos os envolvidos continuam afastados das funções. No início de junho, a Corregedoria da Guarda Municipal recomendou a demissão de 13 agentes por envolvimento no desvio. O procedimento administrativo foi concluído, mas a decisão final é do prefeito Marcelo Belinati.

Nós tentamos falar com o advogado Vitor Oliveira, que defende o GM Barros, mas não conseguimos contato.