Uma instituição dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento da agropecuária paranaense, que nos seus mais de 40 anos foi responsável por várias descobertas e tecnologias inovadoras em diversos segmentos do agronegócio.

Na pecuária de corte, por exemplo, o Iapar foi responsável pela primeira raça originalmente paranaense – e também a primeira do Brasil desenvolvida em um centro estadual de pesquisa – o Purunã. Os cruzamentos foram iniciados em 1985 e envolveram animais das raças Aberdeen Angus, Canchim, Caracu e Charolês. O Instituto foi também um dos precursores das pesquisas com plantio direto no país.

O Instituto comemorou 46 anos com uma série de inaugurações e lançamentos de novos produtos. A governadora Cida Borghetti e o secretário de agricultura, George Hiraiwa, participaram do evento. Destaque para o novo prédio construído para abrigar o laboratório de solos e a reforma da unidade de beneficiamento de sementes, que foi ampliada e modernizada. Um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões.

O diretor de Inovação e Transferência de Tecnologia do Iapar, Tadeu Felismino, diz que o novo complexo de laboratórios vai transformar o Instituto em um centro de referência nos estudos do solo.

Também foi lançado o livro “Cultivo da Seringueira no Paraná”, primeiro e único do país sobre o tema, dos pesquisadores Jomar Pereira, Alex Carneiro Leal e André Ramos. Outro destaque, segundo o diretor, foi o lançamento de uma nova cultivar de trigo, a IPR Potyporã, desenvolvida em parceria com a Fundação Meridional. Um trabalho de mais de 10 anos que chegou a um trigo com maior produtividade.

Há cinco anos, o Iapar também criou um curso, de mestrado com foco na produção ambientalmente sustentável. Também foi assinada a regulamentação do processo de implantação da Política de Inovação do Instituto.

De acordo com o diretor do Iapar, essa nova política vai permitir o direcionamento de recursos obtidos com os royalties de pesquisas e produtos para as diversas áreas de atuação do Instituto.

Criado em 1972, o Iapar é vinculado à Secretaria Estadual de Agricultura. Além da sede em Londrina, o Instituto tem cinco unidades regionais, Curitiba, Ponta Grossa, Paranavaí, Pato Branco e Santa Tereza do Oeste.

São 20 fazendas experimentais, três unidades de beneficiamento de sementes, 25 laboratórios de diferentes especialidades e 28 estações agrometeorológicas. O Instituto tem mais de 500 servidores, sendo 97 pesquisadores, além de 650 voluntários, bolsistas, estagiários e trabalhadores temporários.