A nova ministra da Agricultura é a atual presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara dos Deputados. Assim que teve o nome confirmado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, a deputada federal Tereza Cristina, do DEM/MS já viu sua agenda mudar drasticamente. Nos últimos dias, foram diversas entrevistas, reuniões com a equipe de transição e lideranças do setor.

Entre as entidades do agronegócio, a CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil elogiou a escolha da deputada e afirmou que Tereza Cristina sempre atuou na defesa dos produtores rurais do país e como ministra terá condições de trabalhar ainda mais pelo setor. Para a Associação Brasileira de Proteína Animal, que representa a cadeia produtiva de carnes, a deputada tem conhecimento técnico e respaldo político para assumir o cargo. 

Para a Sociedade Rural Brasileira, a gestão da nova ministra deve seguir a linha do que foi feito na Frente Parlamentar da Agropecuária, principalmente em relação às reformas no âmbito da defesa sanitária, da política agrícola e do comércio internacional. A parlamentar também recebeu apoio de dezenas de colegas de Câmara e senadores.

O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Antônio Sampaio, afirma que conhece a nova ministra e elogiou a capacidade técnica dela. Para o presidente da Rural, a deputada conhece bem os desafios da agropecuária brasileira e é muita bem vista no meio. Entre os principais desafios da nova ministra, Sampaio destaca a necessidade urgente de definição de uma política agrícola para o país.

Outras entidades, de vários estados, e que representam as principais cadeias produtivas do setor também se manifestaram positivamente à escolha da deputada. O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Ágide Meneguette, avalia que a nova Ministra tem muita experiência na área, grande interlocução com o setor produtivo e que foi uma excelente escolha.

Para o presidente da Faep, o setor enfrenta uma série de dificuldades que a Ministra deve tentar solucionar rapidamente. Na opinião de Meneguette, há duas prioridades hoje, a desoneração das exportações e uma nova política de seguros para o produtor rural.

A deputada federal Tereza Cristina é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, tem 64 anos, foi secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e é a primeira ministra mulher indicada pelo presidente eleito, que desistiu da ideia inicial de juntar a pasta da Agricultura com o Meio Ambiente, que segundo o governo terá um perfil diferenciado.