QUARTA, 30/05/2018, 19:25

Indústria paranaense acumula prejuízo de mais de R$ 500 milhões com a greve dos caminhoneiros

Vice-presidente da Fiep afirma que setor ficou praticamente parado durante os dez dias da paralisação. Para Ary Sudan, situação é ainda pior porque as empresas ainda se recuperam de um período de crise.

Um prejuízo estimado em mais de R$ 550 milhões para as 52 mil indústrias do estado. Mas o vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná, o empresário Ary Sudan, afirma que essa previsão inicial foi feita há alguns dias, quando se acreditava que a greve dos caminhoneiros já estaria acabando. O vice-presidente da Fiep diz ainda que o setor ficou praticamente paralisado e destaca o fato de que as empresas já vinham de um período de crise, com estoques mínimos e sem reservas financeiras.

O vice-presidente da Fiep avalia que boa parte da sociedade defendeu a greve dos caminhoneiros, mas acredita também que o movimento ficou manchado por pessoas infiltradas e que é preciso apurar as diversas denúncias que vêm surgindo.

Sudan que também é vice-presidente do Sindimetal Londrina e diretor do Fórum Desenvolve Londrina, cita outros setores que tiveram muitos prejuízos com a greve e vão demorar para se recuperar. Como o de produção de leite e derivados, de suínos, entre outros.

Outro setor fundamental para o estado e com sérios prejuízos é o avícola. O Sindiavipar, que representa 42 abatedouros, incubatórios e frigoríficos paranaenses, afirma que se a greve continuar pode até levar ao fechamento de empresas do setor.

Após mais de 10 dias de paralisação, todos os frigoríficos do Paraná, que é líder nacional na produção e exportação de frangos, estão parados. O setor tem mais de dez mil funcionários diretos e movimentou, em 2017, mais de US$ 2,32 bilhões só com as exportações.

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