Com direito a troca de acusações públicas sobre quem seria o responsável pelo não retorno do serviço, INSS e Peritos Médicos parecem estar chegando a um acordo, mas a passos lentos. Enquanto isso, milhares de brasileiros e paranaenses que precisam da perícia médica presencial, para se aposentar ou receber o auxílio-doença, por exemplo, continuam esperando.

A superintendência regional do INSS no Paraná informou à reportagem da CBN que apenas duas agências aqui do estado estão oficialmente aptas a realizarem as perícias, a do jardim Shangrilá, em Londrina, e a de Maringá. Aqui na cidade, são aproximadamente 300 segurados aguardando pelo serviço, de acordo com o Instituto.

Segundo o gerente-executivo do INSS em Londrina, Reinaldo Soares, a unidade Shangrilá voltou a fazer as perícias médicas na manhã desta terça-feira, após vistorias feitas pelas duas partes envolvidas no impasse e a solução de alguns problemas apontados pelos peritos.

O Instituto Nacional de Seguridade Social informou ainda que outras unidades do estado estão sendo vistoriadas para voltarem a atender à população com as perícias, que na agência Shangrilá começaram já no início da manhã de terça. O gerente do INSS explica que, antes da pandemia cada perito realizava aproximadamente 15 atendimentos diários, mas com os novos protocolos a expectativa é de uma redução no número.

Apesar disso, Reinaldo Soares acredita que os atendimentos acumulados nos oito dias que durou o impasse devem ser regularizados em aproximadamente trinta dias e diz ainda que somente em metade dos agendamentos feitos o órgão conseguiu avisar os segurados sobre a suspensão das perícias.

Em todo o país são cerca de 1,5 milhão de processos na fila do INSS, entre eles, quase 800 mil de perícia médica.