Investigação da Polícia Civil mira grupo que sonegou mais de R$ 60 milhões em impostos
Investigados usavam empresas de fachada para emitir notas fiscais falsas. Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Londrina e Santo Antônio da Platina
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou a segunda fase da operação que investiga um esquema de sonegação fiscal e falsidade ideológica envolvendo empresas de fachada no Norte do Estado, especialmente nas cidades de Londrina e Santo Antônio da Platina.
A primeira fase da operação, que foi realizada em dezembro de 2023, já havia revelado a existência de um grupo de contadores que abriam empresas de fachada com o objetivo de emitir notas fiscais falsas em nome de terceiros. A investigação, feita com apoio da Receita Estadual, identificou que entre 2022 e 2023 foram emitidos cerca de R$ 60 milhões em notas frias.
De acordo com Alan Flore, Delegado da Polícia Civil, Divisão de Combate à Corrupção, a operação tem como objetivo desarticular esta associação criminosa.
Segundo Flore, as empresas de fachada emitiam notas fiscais falsas para encobrir as verdadeiras empresas que estavam vendendo os produtos. Ou seja, os verdadeiros vendedores ficavam escondidos, enquanto os "laranjas", que são pessoas usadas para registrar essas empresas falsas, assumiam as responsabilidades fiscais, mas sem pagar os impostos, resultando em R$ 10,8 milhões em ICMS sonegados.
Durante a operação, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Londrina e Santo Antônio da Platina.
Nesta segunda etapa, a polícia identificou quem seria o principal articulador do esquema e localizou novos contadores envolvidos. Agora, o foco também está em descobrir quem são as empresas reais que estavam por trás das transações e se escondiam atrás dessas firmas de fachada para não pagar impostos.