O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dá andamento à investigação que apura a existência de um grande esquema para a exploração do jogo do bicho em Arapongas, na região metropolitana de Londrina. Os trabalhos tiveram início em 2019, quando o vereador Osvaldo dos Santos foi preso acusado de comandar o suposto esquema. Ele já está em liberdade e nega todas as acusações. Nesta quinta-feira (5), os policiais voltaram às ruas, dessa vez em Londrina e Astorga, para o cumprimento de novos mandados no âmbito da operação. As ordens foram cumpridas contra dois policiais civis, um investigador e um delegado aposentado, que, segundo as investigações, teriam recebido propina do esquema criminoso para não fiscalizá-lo e, ainda, protegê-lo de eventuais denúncias. O delegado, inclusive, chefiava a Polícia Civil de Arapongas no ano em que as investigações tiveram início. As informações são do coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Jorge Barreto da Costa.

Ele explicou que os nomes dos policiais surgiram durante a análise do material apreendido na primeira fase da operação. Segundo ele, os servidores foram flagrados em conversas de celular com uma mulher que, de acordo com as investigações, agia como intermediária entre a polícia e os integrantes do esquema. Também foi possível descobrir que, para disfarçar o pedido de propina, os envolvidos usavam códigos entre eles. O valor total supostamente recebido pelos acusados ainda vai ser levantado.

O investigador foi encontrado em casa pelo Gaeco, mas preferiu o silêncio. Já o delegado não estava no endereço que foi alvo do cumprimento de mandado de busca e apreensão. Durante os trabalhos, foi apreendido um celular, que vai passar por perícia.