TERCA, 28/08/2018, 18:48

Jacarezinho recebe projeto piloto que pretende combater o Aedes aegypti com mais mosquitos

Pesquisadora diz que expectativa é reduzir a população de mosquitos selvagens da cidade em 90% e com isso diminuir a possibilidade de surgimento de epidemias de dengue.

A empresa Forrest Brasil Tecnologia, em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná, o TECPAR, está desenvolvendo um Projeto Piloto que pretende controlar os altos índices de infestação pelo Aedes aegypti. O lançamento do projeto foi nesta segunda-feira, na sede do Instituto, em Jacarezinho. A cidade registra altos índices de infestação pelo mosquito e tem um histórico de epidemias de dengue.

O projeto vai atacar o Aedes aegypti com mais mosquitos. A bióloga e pesquisadora da empresa, Débora Baggio, explica que como a fêmea do Aedes aegypti só copula uma vez na vida, vai ter contato com o macho estéril, mas não vai conseguir reproduzir. A bióloga afirma que, com isso, a expectativa é reduzir a população de mosquitos selvagens da cidade em torno de 90% e com isso dminuir a possibilidade de surgimento de epidemias de dengue.

Segundo a pesquisadora, a tecnologia é única no mundo. A estratégia é começar a soltar os mosquitos machos estéreis antes do verão, justamente o pico de reprodução deles.

Débora Baggio explica que a cidade foi dividida em duas áreas, uma onde o mosquito macho estéril não será solto, e outra em que ele vai ser liberado. A ideia é, ao final do estudo, comparar os dados para checar se a redução do número de mosquitos chegou aos 90% desejados. Nesse momento, a pesquisadora diz que o projeto está fazendo um levantamento da quantidade de mosquitos, com uso de armadilhas, em diferentes áreas da cidade.

Segundo a pesquisadora, o mosquito macho estéril não é e nem envolve o uso de organismos geneticamente modificados e é produzido a partir da cepa selvagem do Aedes aegypti coletada na própria região. O projeto prevê ainda uma série de ações educativas para que a comunidade também participe do combate ao mosquito. De acordo com Débora Baggio, caso o projeto se mostre viável, a ideia é levá-lo para outros municípios do país.

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