SEGUNDA, 19/02/2018, 19:28

Justiça adia interrogatório de policial militar acusado de matar 14 pessoas em Tamarana

Marcelo Bonfim Ledo, 38 anos, deveria ser ouvido nesta segunda-feira como réu de um homicídio que teria praticado em março do ano passado.

A juíza substituta Deborah Penna resolveu transferir para o dia 23 de março o interrogatório do soldado Marcelo Bonfim Ledo, 38 anos, no processo que apura a morte de Everson Gomes, 28, no dia 3 de março do ano passado em Tamarana, a 50 km de Londrina. O crime aconteceu perto da hora do almoço em frente à sede da prefeitura da cidade. Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios, a vítima foi levou três tiros na cabeça. O assassinato foi presenciado pela própria esposa, que não compareceu à 1ª Vara Criminal para prestar depoimento. O homicídio é apenas um dos 14 casos em que o policial militar é acusado.

Das situações, cinco viraram ações penais. Ledo atualmente cumpre pena em Curitiba. Ele deve retornar á capital do Paraná na próxima sexta-feira. Até lá, deve ficar custodiado na Penitenciária Estadual, a PEL 1, no conjunto Cafezal. Nesta segunda, além da ex-companheira de Gomes, quatro testemunhas faltaram à audiência de instrução. Outras cinco que foram ao Fórum acabaram dispensadas pela Justiça.

O advogado Guilherme Cavalcanti, que defende o PM, não quis gravar entrevista. A reportagem tentou contato com o promotor Ricardo Domingues, mas ele estava ocupado e não retornou as ligações. Em relação à morte do jovem de 28 anos, que possuía indicativos criminais, Marcelo Ledo afirmou, ainda na fase de inquérito policial, que ficou sabendo do fato quando fazia compras em um supermercado do distrito de Lerroville, que fica ao lado de Tamarana.

A esposa da vítima revelou à polícia que reconheceu o soldado como o autor do crime. Ele assegurou que a mulher foi coagida para denunciá-lo. O interrogatório dele está marcado para às 14h15 do dia 23 do próximo mês.

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